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Flávio Bolsonaro e Queiroz terão pedido de quebra de sigilo fiscal e bancário

Promotor Luís Otávio Lopes, do MP RJ, deverá fazer o pedido ao Tribunal de Justiça; senador é investigado por suposta lavagem de dinheiro e falsidade ideológica pela Justiça Federal no mesmo estado

Arquivo pessoal/Facebook

Fabrício Queiroz em inauguração da cafeteria de Flávio Bolsonaro, num shopping na Barra da Tijuca, em março de 2015

São Paulo – O promotor Luís Otávio Lopes, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro vai pedir à Justiça a quebra do sigilo fiscal e bancário do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e seu ex-assessor e ex-motorista Fabrício Queiroz. A informação é do jornalista Lauro Jardim, de O Globo. Segundo ele, “o caso Flávio/Fabrício Queiroz está prestes a andar”.

Quando o caso veio à tona, em janeiro, logo no começo do governo de Jair Bolsonaro (PSL), Flávio entrou na Justiça, acusando o MP-RJ de ter agido de maneira ilegal ao abrir seus dados. Seu objetivo era barrar o trabalho dos promotores. No entanto, o pedido não foi acolhido, bem como outras tentativas nesse mesmo sentido, lembrou o jornalista.

Jardim destacou ainda que o “passado voltará a assombrar” o senador, que nesta semana foi condecorado pelo pai presidente com a Ordem do Rio Branco por “seus serviços e méritos excepcionais”.

As ligações financeiras entre Flávio e Queiroz foram reveladas em janeiro, por meio de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), sobre movimentações bancárias suspeitas do senador durante seu mandato como deputado estadual.

Entre junho e julho de 2017, foram feitos 48 depósitos no valor de R$ 2 mil cada, em espécie, na conta de Flávio, todos concentrados no autoatendimento da agência bancária nas dependências da Assembleia Legistativa do RJ (Alerj).

Lavagem de dinheiro

Paralelamente ao caso Queiroz, a Justiça Federal no Rio de Janeiro investiga o senador supostos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral.

A Procuradoria Regional Eleitoral detectou que o então deputado estadual do Rio de Janeiro teria tido aumento exponencial de seu patrimônio por meio de negociações relâmpagos de imóveis, além de ter declarado à Justiça Eleitoral imóvel cujo valor seria consideravelmente maior que o declarado, havendo indícios do crime de falsidade ideológica eleitoral.

Confira gráfico sobre a evolução patrimonial de Flávio Bolsonaro elaborado pelo movimento Vem pra Rua, com base em informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE):

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