PEC 6/2019

CCJ adia votação da reforma da Previdência para terça-feira. Oposição comemora

Adiamento se deu a pedido de líderes partidários, 'para fazer modificações no texto, se é que vai haver modificações', segundo o presidente da comissão, Felipe Francischini

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Resistência contra tramitação da Reforma da Previdência na CCJC da Câmara

São Paulo – A expectativa de que a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados votasse o relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, que trata da “reforma’ da Previdência, nesta quarta-feira (17), não se confirmou. O próprio relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), explicou que, diante da complexidade dos temas envolvidos, seria necessária mais uma sessão. A votação foi remarcada para a próxima terça-feira (23).

“Temos buscado o consenso, um texto que atenda aos interesses da população brasileira. Diversos temas, que apresentam maior complexidade, foram trazidos pelos deputados e exigem deste relator uma análise mais pormenorizada”, disse o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR).

Segundo ele, o adiamento atendeu a solicitações de “muitos líderes”. “Todos pediram que possam haver reuniões (na tarde de hoje) para proceder modificações, se é que vai haver modificações.”

Francischini esclareceu ainda ter “ouvido falar” que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), só marcaria o início dos trabalhos da comissão especial (para onde o texto irá após passar pela CCJ) para o dia 7. “Então não há nenhum prejuízo em conceder essa questão a pedido dos líderes e do relator, para que o relatório possa ser costurado da melhor maneira possível”, concluiu.

Deputados da oposição comemoraram. “Vitória! Conseguimos passar a apreciação do novo parecer da Reforma da Previdência pra próxima terça!”, postou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) no Twitter.  “A oposição é firme e vence. O governo Bolsonaro é da maldade e da incompetência”, escreveu Maria do Rosário (PT-RS).

Na sessão desta terça (16), que durou cerca de 12 horas, a oposição atuou em bloco e apresentou 24 requerimentos de obstrução para adiar a votação da reforma na CCJ.

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