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PF faz busca na sede do PSL de Minas para investigar candidaturas de laranjas

Ministro do Turismo do governo Bolsonaro está no centro de denúncias de esquema para desviar recursos públicos do fundo partidário

Valter Campanato/Agência Brasil

Marcelo Álvaro Antônio é acusado de chefiar o esquema do laranjal do PSL; Bolsonaro ainda não o demitiu

São Paulo – A Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão, na manhã desta segunda-feira (29), em Minas Gerais. A investigação é relacionada ao esquema das candidaturas laranjas do PSL, partido do presidente, Jair Bolsonaro. A sede estadual do partido, em Belo Horizonte, é um dos alvos.

A investigação é baseada em indícios de que o partido teria registrado diversas candidaturas no estado, todas de mulheres, para concorrer a cargos legislativos em Minas Gerais, nas eleições de 2018, num esquema comandado pelo ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio, que presidia o diretório mineiro do partido.

O PSL mineiro ainda continua sob seu comando político, já que o presidente estadual e alguns dirigentes são ex-assessores indicados por ele para esses postos. Álvaro Antônio nega ter patrocinado esquema de laranjas, e Bolsonaro diz que aguarda as investigações para decidir se mantém ou não seu ministro.

O esquema repassava grande parte dos recursos públicos para essas candidaturas, que tiveram votação inexpressiva e não apresentaram sinais de terem feito campanha efetiva.

A deputada federal Alê Silva (MG) acusa o ministro de chefiar o esquema. Outras candidaturas laranjas também foram lançadas pelo PSL de Pernambuco, comandado politicamente pelo presidente nacional da sigla, Luciano Bivar. O caso já resultou na queda do ministro da secretaria-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que comandou a legenda interinamente nas eleições.

*Com informações da Folha de S.Paulo

 

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