unidade

Luta por direitos passa pela liberdade de Lula, defende Comitê em São Paulo

Reunidos em São Paulo, movimentos sociais e partidos de oposição defenderam a ampliação das mobilizações em defesa da liberdade do ex-presidente, preso em Curitiba

divulgação/pt

‘PT tem como prioridade a luta pela defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Isso passa pela defesa de Lula livre’

São Paulo – A luta pela manutenção de direitos, como o direito à aposentadoria, passa pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril do ano passado em Curitiba. A conclusão é do Comitê Estadual Lula Livre em São Paulo, que se reuniu ontem (1˚) para debater o rumo das mobilizações de partidos de oposição ao governo Jair Bolsonaro (PSL) ao lado dos movimentos sociais. O grupo articula grandes mobilizações para domingo (7), pela soltura de Lula e o respeito à democracia.

O encontro ocorreu na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, no centro da capital, após aula em praça pública sobre a “reforma” da Previdência, que contou com nomes como a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). A presidenta do sindicato, Ivone Silva, abriu o debate: “Costumamos dizer que nossos auditórios são dedicados aos movimentos sociais. Estamos de portas abertas e sabemos que o momento é muito importante”.

“Temos que fazer a resistência mesmo neste momento complicado de nossa história. Agora temos essa grande batalha que é conseguir a libertação de nosso companheiro Lula, de nosso companheiro Vaccari (João Vaccari Neto), ex-presidente desta casa. Precisamos colocar ordem no país, com independência entre os poderes”, disse Ivone. Ela ainda lamentou o avanço de ideologias radicais na sociedade. “É muito triste. Semana passada vimos gente comemorando o golpe de 1964, uma coisa horrenda. Deram o golpe contra a democracia e, agora, a mesma coisa”, completou. 

No auditório, a unanimidade de que, tanto a prisão de Lula como o impeachment de Dilma, são partes de um mesmo processo que tem como objetivo retirar direitos conquistados em décadas de lutas dos trabalhadores, para beneficiar o empresariado mais rico e as classes dominantes, historicamente privilegiadas. Por isso, concordaram todos que a libertação da prisão política em que Lula foi jogado é parte essencial da defesa dos direitos do povo.

“O PT tem como prioridade a luta pela defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Isso passa pela defesa de Lula Livre. Pensar contra o desmando econômico que está acontecendo no país, pensar na reforma da Previdência, é pensar que prenderam o Lula para impedir que ele fosse candidato à presidência. Justamente para colocar esse projeto de desconstrução de tudo que conseguimos com muita luta na democracia”, disse Chico Macena, do diretório municipal do PT. 

Edson França, secretário adjunto de Movimentos Sociais do PCdoB, defendeu a união em torno das pautas. “Precisamos trabalhar para um comitê paulista de verdade e não paulistano. Precisamos atingir o máximo de pessoas. Nossa tarefa é: aonde tivermos luta por direitos, temos que ter Lula Livre. É uma luta que se insere no 1º de Maio, na luta contra a reforma da Previdência e outras. Vamos multiplicar nossas vozes a partir das agendas das diferentes entidades. Precisamos furar a bolha e chegar nas periferias, nas fábricas, em todos os botequins”, disse.

Por fim, integrantes do Psol lembraram que não fizeram parte dos governos do PT, foram oposição durante os 13 anos, mas que foram contrários ao golpe e, agora, colocam-se ao lado dos demais partidos progressistas e dos movimentos sociais pela liberdade de Lula. 

 

Leia também

Últimas notícias