Boulos defende Lula e ataca a reforma da Previdência ‘criminosa e covarde’
Para o ex-candidato à presidência, a liberdade de Lula e a democracia são bandeiras que estão juntas com a luta contra retrocessos sobre os direitos dos trabalhadores e aposentados
Publicado 07/04/2019 - 18h34
Liberdade de Lula e da democracia são bandeirantes que caminham juntas na luta do campo progressista
São Paulo – Ao discursar na tarde deste domingo (7) no ato em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, na Avenida Paulista, em São Paulo, o ex-candidato à presidência pelo Psol e coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que a reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro é “criminosa, covarde e só ataca os mais pobres”.
Boulos defendeu que a liberdade de Lula e da democracia são bandeiras que estão juntas com a luta contra retrocessos sobre os direitos dos trabalhadores e aposentados.
O líder do MTST fez uma breve retrospectiva dos ataques e injustiças conduzidos pelo governo federal, primeiro com Michel Temer (MDB) e agora com Jair Bolsonaro (PSL).
“De um ano para cá, o quanto de injustiça não se acumulou?! O Supremo Tribunal Federal negou o habeas corpus, lá atrás, naquele momento, e depois adiaram e agora adiaram de novo o julgamento de prisão em segunda instância”, afirmou.
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Boulos caracterizou a prisão de Lula como um ato de forma casuística, violando a Constituição, “porque segundo ela, só se pode ficar preso depois do trânsito em julgado”. Ele ainda destacou: “Adiaram esse julgamento exatamente para impedir a libertação do Lula. Impediram o Lula de dar entrevista. Fernandinho Beira-Mar já deu entrevista estando preso, e impediram o Lula”.
“Cassaram sua candidatura, é uma gente baixa, uma gente vil, que trabalha com a vingança”, disse ainda Boulos sobre o ativismo judicial que tem marcado a prisão do ex-presidente.
Representando a Frente Brasil Popular, o dirigente do MST João Paulo Rodrigues falou da visita que fez ao ex-presidente Lula na última quinta-feira, em Curitiba. “Encontrei o presidente animado, e convicto de sua responsabilidade histórica”. Em seguida, ele falou das mensagens que o ex-presidente pediu que ele passasse ao público, principalmente, que apoiasse um debate sobre a soberania nacional, para defender a Petrobras, a Base de Alcântara, e os direitos dos trabalhadores, que estão ameaçados com as reformas propostas pelo governo.
Na concentração do ato, desde 14h, artistas fizeram uma performance e deitados sobre o asfalto portando guarda-chuvas coloridos escreveram a expressão ‘Lula Livre’. O ato terminou às 17h.