Governo acuado

Líderes da oposição buscam maior unidade contra reforma e por democracia

Guilherme Boulos, Haddad e Flávio Dino, além de lideranças no Congresso, se manifestam por unidade progressista. E até o Centrão divulgou documento contra aspectos do projeto da Previdência

Divulgação

Haddad, Boulos, Sonia, Dino e Coutinho defendem unidade do campo democrático contra retrocessos

São Paulo – Os ex-candidatos à Presidência da República Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (Psol), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), a ativista Sonia Guajajara (Psol), candidata a vice na chapa de Boulos, além do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) se reuniram na manhã de hoje (26), em Brasília, para debater “o atual momento nacional, especialmente considerando o rápido e profundo desgaste do governo Bolsonaro”, segundo nota divulgada pelo grupo. “A reunião expressa o desejo de ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer propostas progressistas para o Brasil”, afirmam.

Os participantes da reunião destacam pontos importantes para “reflexão de toda a sociedade”. Um deles é a necessária mobilização contra “agudos retrocessos sociais” representados pela proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro, baseada no regime de capitalização e corte de direitos.

Eles também destacam a soberania nacional. “Consideramos que por trás do suposto discurso patriótico do atual governo há, na prática, atitudes marcadamente antinacionais, como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos”.

Outro ponto é a “absurda decisão do governo Bolsonaro de ‘comemorar’ o Golpe Militar de 1964, no próximo dia 31 de março”. “Manifestamos nossa solidariedade aos torturados e às famílias dos desaparecidos”, diz a nota, ressaltando apoio ao Estado de direito, às garantias fundamentais e à população das periferias, aos negros e aos índios.

O grupo afirma ainda que, no atual contexto, “é urgente assegurar ao ex-presidente Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico, não se justificando a manutenção de sua prisão sem condenação transitada em julgado”. 

Na Câmara

Por outro lado, os líderes dos partidos de oposição na Câmara, após reunião, também divulgaram uma nota apontando para “um passo unificado contra a reforma da Previdência”. “Hoje, em reunião aberta no Parlamento, (minoria e oposição) posicionaram-se juntos contra a proposta do governo. Paralelamente, também no mesmo dia, partidos de Centro também rechaçaram a reforma de Bolsonaro”, diz a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria, em sua página no Facebook.

Os partidos do chamado Centrão foram o terceiro grupo político a divulgar nota na qual defendem alterações no texto enviado pelo governo Bolsonaro ao Congresso. Eles se posicionaram contra as propostas do texto da reforma sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC, direito de idosos de baixa renda) e a aposentadoria rural do texto da reforma.

A nota é assinada por 11 partidos: PSDB, DEM, PTB, PP, PR, PSD, PRB, SD, MDB, Pode e Cidadania (nova denominação do PPS).

 

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