'Imparcialidade'

No Senado, ministra Damares Alves acusa Judiciário de ‘ativismo’

Mesmo com o Parlamento sendo acusado de omissão no julgamento da criminalização da homofobia, Damares defendeu que pautas devem ser discutidas primeiro no Congresso

TVT/Reprodução

Audiência realizada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) para construção de um projeto “que nesse momento não tem”, adverte

São Paulo – Ao participar de audiência pública no Senado, nessa quinta-feira (21), a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, criticou o que chama de “ativismo judicial” em pautas como a criminalização da homofobia e a descriminalização do aborto. Isso porque, de acordo com a ministra, estas questões devem ser discutidas anteriormente pelos parlamentares.

“Eu sou contra o aborto em qualquer circunstância, não é papel do Ministério da Mulher militar contra ou a favor. O tema é do Congresso Nacional e não do Judiciário”, afirmou Damares. No entanto, entre os parlamentares, pesam as acusações de omissão no julgamento dessas pautas por irem contra suas posições religiosas.

A convite do presidente da Comissão dos Direitos Humanos, o senador Paulo Paim (PT-RS), a ministra respondeu ainda durante a audiência pública uma série de questionamentos quanto à atuação da pasta, defendendo inclusive o projeto “Escola Sem Partido” e alegando que sua atuação não teria por base um viés ideológico e religioso.

Para o senador, a aproximação com a nova gestão é uma forma de garantir um diálogo. “Nesse momento nós temos que dialogar, quem sabe de baixo para cima, para construir um projeto de nação que esse país não tem no momento”, defendeu Paim.

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT