Gestão?

Crise no novo governo sugere incapacidade de mediação política de Bolsonaro

Falta de mediação pode estar preocupando equipe econômica que busca a 'reforma' da Previdência. 'Mais ruído no Congresso, menor será a capacidade de aprovar essa agenda', avalia Vitor Marchetti

Fabio Rodrigues Pozzebom/EBC

Marchetii avalia ainda que dadas as crises no clã Bolsonaro, após a Previdência, governo deverá perder base de apoio

São Paulo – A anunciada exoneração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que vem sugerindo mais uma crise neste segundo mês do governo de Jair Bolsonaro, pode estar sendo vista pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes como outra dificuldade para a aprovação da “reforma” da Previdência. “Eles sabem que quanto mais ruído no Congresso Nacional, menor será a capacidade de aprovar essa agenda”, avalia o cientista político Vitor Marchetti, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC).

O novo governo tem afirmado como uma de suas prioridades a aprovação do novo regime previdenciário. Para Marchetti, toda essa movimentação de crise em torno do clã Bolsonaro, a candidatura de laranjas no PSL e seu cedimento enquanto partido, pode estar sinalizando para a equipe econômica falta de capacidade do presidente no papel de mediador e, principalmente, para conseguir apoio na “reforma” da Previdência.

“A minha sensação é a de que, assim de que ele aprovar a reforma da Previdência, se conseguir aprovar, terá um abandono do barco”, afirma o cientista político, apontando o desmoronamento da base de apoio do governo. “Não tem condições de manter qualquer racionalidade de agenda”, diz Marchetti. 

Ouça a entrevista na Rádio Brasil Atual

Você pode conferir a partir do ponto 1:05:26

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