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PT, PSB e Psol articulam na Câmara bloco de oposição a Maia e Bolsonaro

Os três partidos buscam agora a adesão de PDT, PCdoB e Rede para fazer 'enfrentamento firme' ao governo, que já balança com os escândalos envolvendo Flávio Bolsonaro e Queiroz

Lula Marques

Legendas do campo progressista defendem esforço conjunto para enfrentar o “desastroso” governo de Bolsonaro

São Paulo – Líderes do PT, PSB e Psol articulam a formação de um bloco parlamentar de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e de seus apoiadores no Congresso Nacional. A reunião ocorreu nesta terça-feira (22) no gabinete da liderança do PT na Câmara, em Brasília, com a presença dos presidentes e lideranças dos três partidos. Eles buscam também a participação do PDT, PCdoB e Rede em reuniões que devem ocorrer ainda nesta semana. Com as seis legendas, o bloco alcançaria 136 parlamentares.

A presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), defendeu “enfrentamento firme ao governo Bolsonaro, que já demonstra que não tem capacidade de sustentação”, se referindo aos escândalos envolvendo o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), destacou a união dos três partidos contra a candidatura do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que busca se reeleger presidente da Casa. “É um sinal muito importante de um bloco que tem compromisso com a democracia, com a soberania e com o direito dos trabalhadores e das trabalhadoras. Isto é estratégico para o País”. Ele também afirmou que o país assiste “perplexo” o agravamento das denúncias contra o filho do presidente Bolsonaro. 

O PSB também afastou qualquer possibilidade de apoio a Maia na disputa pela presidência da Câmara. “Ele é o candidato de Jair Bolsonaro. Vamos fazer um esforço conjunto para enfrentar o desastroso governo de Bolsonaro”, afirmou o presidente do partido, Carlos Siqueira, defendendo também a unidade do campo progressista.

“Nossa agenda é contra os retrocessos civilizatórios nos costumes, e, particularmente, contra a agenda reacionária de retirada de direitos proposta pelo Paulo Guedes (ministro da Economia). A proposta de conjugar todos os partidos de oposição e de esquerda é simbólica para a sociedade de que há uma grande resistência a esse governo”, afirmou o deputado Ivan Valente (Psol-SP). O deputado eleito Marcelo Freixo (Psol-RJ), candidato à presidência da Câmara, destacou ainda o compromisso do bloco com a promoção da justiça social e defesa dos direitos sociais.

Participaram também da reunião o líder da oposição na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o presidente do Psol, Juliano Medeiros, e o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE).

Com informações da Agência Câmara

 

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