Investigação

Proximidade com parentes de miliciano levanta dúvidas sobre Flávio Bolsonaro

Deputado estadual e senador eleito empregou em seu gabinete mãe e esposa de suspeito de chefiar milícia envolvida no assassinato de Marielle Franco

Arquivo Alerj/LG Soares

A mãe do ex-capitão da PM, acusado de chefiar milícia, consta ainda no relatório da Coaf com repasses a Queiroz

São Paulo – Além das homenagens prestadas pelo deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) a dois policiais que são principais alvo da operação do Ministério Público do Rio Janeiro contra o crime organizado, o filho do presidente Jair Bolsonaro também empregou em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio, a mãe e a esposa de Adriano Magalhães da Nóbrega, um dos milicianos e ex-capitão da Polícia Militar.

Raimunda Vera Magalhães e Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, mãe e esposa, respectivamente, do suspeito de chefiar a milícia que atua na comunidade de Rio das Pedras, na zona oeste da cidade carioca, trabalharam durante anos para o deputado e foram exoneradas em novembro de 2018. 

A mãe de Nóbrega aparece ainda no relatório do Conselho de Controle de Operações Financeiras (Coaf), como uma das servidoras que fizeram repasses para conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, investigado por movimentações atípicas em R$ 7 milhões ao longo de três anos, além de R$ 1,2 milhão. 

O ex-capitão da PM também é suspeito de integrar o chamado Escritório do Crime, apontando como responsável pela execução da vereadora Marielle Franco. O deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), amigo de Marielle e relator da CPI das Milícias na Assembleia, publicou um vídeo no qual cobra explicações de Flávio Bolsonaro. “Você deve explicações à sociedade. Que relação você tem com esse grupo e o que essas pessoas, parentes dessas pessoas, faziam no seu gabinete”, questionou Freixo. Flávio Bolsonaro argumenta ser alvo de uma “campanha difamatória”

Assista à reportagem do Seu Jornal:

 

 

 

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