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Para trabalhadores, balanço dos 30 dias do governo Bolsonaro ‘é muito negativo’

Na perspectiva popular, ações deste primeiro mês cumprem caminho de favorecimento do mercado e prejudicam interesses gerais, segundo analista

Valter Campanato/EBC

“Medidas são no sentido de favorecer o mercado de um lado e prejudicar o trabalhador do outro”, avalia diretor do Diap

São Paulo – Em balanço sobre os 30 dias do governo de Jair Bolsonaro (PSL), o analista político Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), avalia que sob a perspectiva popular as medidas, decretos e propostas da nova gestão indicam um caminho “muito negativo” para os trabalhadores de modo geral. “As medidas, todas elas, (são) no sentido de favorecer o mercado de um lado e prejudicar o trabalhador do outro, ou seja, governar para o capital”, afirma Toninho, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

Já em seu primeiro mês, Bolsonaro e sua equipe vêm confirmando a que vieram no sentido de retirada de direitos da população, segundo avalia o diretor do Diap. A extinção do Ministério do Trabalho, medidas provisórias como a MP 871, que trata do endurecimento no acesso à aposentadoria, a liberação da posse de armas por decreto e a retórica pela flexibilização das leis e do licenciamento ambiental mesmo à luz da tragédia provocada pelo crime ambiental da Vale em Minas Gerais são alguns dos exemplos citados por Toninho para confirmar o viés mercadológico do novo governo.

“É um governo que funcionará na base do improviso e a sociedade terá que cobrar mais ‘profissionalismo’ para o tratamento de questões relacionadas à saúde, educação e segurança no país”, alerta o analista político.

Ouça a entrevista (a partir do ponto 17:21):

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