Gestão relâmpago

No terceiro dia de governo, Doria afasta o investigado Kassab

Secretário é acusado de receber propina, em caso de corrupção envolvendo a JBS

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ex-ministro, ex-prefeito e secretário estadual afastado, Kassab diz que suas empresas prestaram serviços legalmente

São Paulo – Durou apenas três dias a gestão de Gilberto Kassab (PSD) na Casa Civil do governo João Doria (PSDB). A edição desta sexta-feira (4) do Diário Oficial do Estado traz decreto retroativo a ontem, em curtas duas linhas, autorizando o “afastamento” do secretário para “tratar de assuntos particulares”. Kassab está sendo acusado de corrupção envolvendo a empresa JBS.

No mês passado, o agora secretário afastado e ex-ministro foi alvo de operação da Polícia Federal, que encontrou R$ 300 mil em sua residência. Em delação, ele foi acusado de receber propinas entre 2010 e 2016.

Kassab foi empossado no dia 1º sem estar presente. Teve o nome publicado como secretário no dia seguinte e se afastou em seguida. Segundo o decreto, o afastamento é “com prejuízo dos vencimentos e sem quaisquer ônus para o Estado”. A não ser o fato de o Estado ficar sem secretário da Casa Civil, um cargo estratégico, com apenas três dias.

A PF rastreou pagamentos no valor total de R$ 23 milhões a duas empresas de Kassab e informa ver indícios de lavagem de dinheiro. Em nota, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o secretário afastado afirma que as empresas prestaram os serviços, “a preços de mercado, que estão documentados de forma robusta e consistente, em relação comercial iniciada em 2006 ainda com empresa que foi posteriormente adquirida pela JBS”.

 

 

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