A serviço do clã

Moro vaza mentiras de Palocci para esconder caso Queiroz, diz PT em nota

Presidenta da legenda, Gleisi Hoffmann, afirma que objetivo é desviar a atenção do público das investigações envolvendo a família Bolsonaro e o ex-assessor do filho de Jair, Flávio Bolsonaro

Reprodução/Blog do Esmael

No dia em que o país cobrou explicações sobre o caso às instituições, PF de Moro dá destaque a novo depoimento de Palocci

São Paulo – Para o Partido dos Trabalhadores, a PF do ex-juiz e ministro Sérgio Moro deveria cobrar explicações da família Bolsonaro sobre o caso Queiroz, no qual está envolvido o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), em vez de vazar velhas mentiras de Palocci ditas à Lava Jato.

Segundo nota divulgada nesta sexta-feira (18), assinada pela presidenta Gleisi Hoffmann, “o vazamento ilegal (mais um) de depoimento de Antônio Palocci, com falsas acusações ao PT e aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, mostra que a Polícia Federal, sob o comando de Sérgio Moro, está totalmente a serviço da guerra de Jair Bolsonaro com nosso partido”.

Para Gleisi, o vazamento ocorreu no mesmo dia em que o país cobra explicações à Polícia Federal, ao Ministério Público, ao Ministro da Justiça, ao ministro Luiz Fux, do STF, e à Presidência da República sobre a milionária movimentação financeira envolvendo a família de Jair Bolsonaro e seu motorista, o ex-assessor legislativo Fabrício Queiroz.

“É evidente o objetivo de desviar a atenção do público, das investigações sobre a família Bolsonaro (suspensas sem a menor base legal pelo ministro Fux). E todos percebem de quem é a mão que comanda esse movimento”.

Em relação a Antônio Palocci, segue a nota, ficou ainda mais clara sua degradação moral. “Depois de falar mentiras sobre Lula, para sair da prisão e recuperar milhões, prestou-se também a disseminar intrigas entre os ex-presidentes Lula e Dilma, que lhe confiaram importantes cargos na República. Além de faltar com a verdade e o caráter, Palocci revela-se um fuxiqueiro.

As candidaturas e os governos de Lula e Dilma foram lealmente respaldados pelo Partido dos Trabalhadores, que há muito não reconhece Palocci como um de seus integrantes. E o PT refuta todas as mentiras que ele faz, sem nenhuma prova”.

Gleisi compara o papel de motoristas no caso Queiroz e Lava Jato. “Em busca de escapar da prisão e recuperar sua fortuna – a respeito da qual a Lava Jato jamais o investigou – Palocci envolveu dois de seus motoristas em suas mentiras. Ocorre que nenhum desses trabalhadores comprovou a mentira do ex-chefe, sobre supostas entregas de dinheiro”

“Bem diferente do ex-motorista Queiroz, que movimentou 1,2 milhão em um ano, incluindo um cheque de R$ 24 mil para a mulher de Jair Bolsonaro. E isso está comprovado em relatório do Coaf, diferentemente das caixinhas e envelopes cujo conteúdo os ex-motoristas de Palocci não confirmam. Sergio Moro tem a obrigação de explicar o vazamento de uma delação falaciosa de Palocci, que ele mesmo recusou quando era juiz da Lava Jato.”

Confira a íntegra da nota:

A Polícia Federal do ex-juiz e ministro  Sergio Moro deveria cobrar explicações da família Bolsonaro ao invés de vazar velhas mentiras de Palocci. Tendo isso em vista, o Partido dos Trabalhadores divulga a seguinte note:

“O vazamento ilegal (mais um) de depoimento de Antônio Palocci, com falsas acusações ao PT e aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, mostra que a Polícia Federal, sob o comando de Sérgio Moro, está totalmente a serviço da guerra de Jair Bolsonaro com nosso partido.

O vazamento das mentiras ocorre no dia em que o país cobra explicações à Polícia Federal, ao Ministério Público, ao Ministro da Justiça, ao ministro Luiz Fux, do STF, e à Presidência da República, sobre a milionária movimentação financeira envolvendo a família de Jair Bolsonaro e seu motorista, o ex-assessor legislativo Fabrício Queiroz.

É evidente o objetivo de desviar a atenção do público, das investigações sobre a família Bolsonaro (suspensas sem a menor base legal pelo ministro Fux). E todos percebem de quem é a mão que comanda esse movimento.

Em relação a Antônio Palocci, ficou ainda mais clara sua degradação moral: depois de falar mentiras sobre Lula, para sair da prisão e recuperar milhões, prestou-se também a disseminar intrigas entre os ex-presidentes Lula e Dilma, que lhe confiaram importantes cargos na República. Além de faltar com a verdade e o caráter, Palocci revela-se um fuxiqueiro.

As candidaturas e os governos de Lula e Dilma foram lealmente respaldados pelo Partido dos Trabalhadores, que há muito não reconhece Palocci como um de seus integrantes. E o PT refuta todas as mentiras que ele faz, sem nenhuma prova.

Em buscar de escapar da prisão e recuperar sua fortuna – a respeito da qual a Lava Jato jamais o investigou – Palocci envolveu dois de seus motoristas em suas mentiras. Ocorre que nenhum desses trabalhadores comprovou a mentira do ex-chefe, sobre supostas entregas de dinheiro.

Bem diferente do ex-motorista Queiroz, que movimentou 1,2 milhão em um ano, incluindo um cheque de R$ 24 mil para a mulher de Jair Bolsonaro. E isso está comprovado em relatório do Coaf, diferentemente das caixinhas e envelopes cujo conteúdo os ex-motoristas de Palocci não confirmam.

Sergio Moro tem a obrigação de explicar o vazamento de uma delação falaciosa de Palocci, que ele mesmo recusou quando era juiz da Lava Jato.

O que a sociedade brasileira exige hoje não são os fuxicos de Palocci, mas um esclarecimento sobre os desvios, intrigas e disputas no condomínio de Bolsonaro.

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