estado de exceção

Para Boff, decisões judiciais sobre velório do irmão confirmam prisão política de Lula

Na visão do teólogo, filósofo e escritor Leonardo Boff, impedir o ex-presidente de se despedir do irmão prova a arbitrariedade do Estado e da Justiça brasileira

Arquivo EBC

Boff ainda comentou o quão irônico será o estado brasileiro levar Lula para receber o Nobel da Paz, caso o ex-presidente vença

São Paulo – Para o teólogo, filósofo e escritor Leonardo Boff, o mais novo episódio de restrição judicialque impediu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de comparecer ao enterro de seu irmão Vavá reafirma o caráter político da sua prisão. Em entrevista ao jornalista Rafael Garcia, na Rádio Brasil Atual, Boff, amigo de Lula há mais de 30 anos, classificou a atuação da Justiça como “uma crueldade sem tamanho e de profunda desumanidade” por ignorar o direito à saída previsto na Lei de Execução Penal a todos os presos em casos de óbitos de familiares. Isso, para ele, indica o Estado de exceção estabelecido no Brasil.

“Mostra o tipo de governo e de Estado que nós temos, um Estado fascistoide que não demonstra nenhum sentimento. Parece aqueles comandantes dos campos de extermínio nazistas que se divertiam atirando para os prisioneiros e os vendo cair. Aqui, simbolicamente ocorre isso. Lula é mantido – e há prova disso – como preso político”, lamenta o teólogo.

Boff agora espera pelo confirmação da candidatura de Lula ao Prêmio Nobel da Paz para confrontar essa situação de injustiça. “A grandeza seria se ele recebesse esse prêmio e o governo brasileiro tivesse que levá-lo para Estocolmo”, ironiza. 

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