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Vigília chama a atenção do mundo para a injustiça com Lula, defende Chinaglia

Deputado e presidente do Instituto Lula anunciam ampliação dos trabalhos da vigília neste fim de ano. Ex-presidente dá entrevista na BBC e militantes fazem abaixo-assinado a ser encaminhado para a ONU

joka madruga

Okamotto e Chinaglia: defesa de Lula e contra os retrocessos nas políticas públicas de interesse do trabalhador

São Paulo – O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) afirmou hoje (6), após visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde 7 de abril na sede da Polícia Federal em Curitiba, que a vigília montada nas proximidades para defender a liberdade do ex-presidente “é uma lâmpada, chamando a atenção do mundo inteiro sobre a injustiça com Lula, tendo de cumprir uma pena condenado sem nenhuma prova”.

Chinaglia também disse que a indignação por conta de ter sido preso sem provas – o máximo que a sentença de Moro fez foi apontar matéria do jornal O Globo como suposta prova – move o ex-presidente a lutar e resistir. “Essa é a indignação que o move, a disposição que repercute no mundo inteiro, para lutar. Não é só pelo Lula. Quando você tiver de tolerar um sistema judiciário que condene sem provas qualquer cidadão, se um ex-presidente que saiu do governo com uma popularidade de praticamente de 90% passa por uma situação dessa, imagina o cidadão”, defendeu.

Segundo o deputado, “os órgãos do Estado não podem dar interpretação à lei de acordo com suas conveniências e convicções políticas”. “Se o Lula não tivesse sido tirado ilegalmente da disputa, ele teria sido eleito o presidente da República”, acrescentou. Chinaglia também destacou que “muitos ainda não viram a dimensão de um governo que ganhou uma eleição fraudada”, disse, referindo-se à campanha do governo eleito de Jair Bolsonaro, sustentada por fake news nas redes sociais.

Ao lado de Chinaglia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que também visitou o ex-presidente, afirmou que “chega a ficar revoltante para a gente, que conhece o Lula e sua causa, ver esse homem preso ainda neste país. É por isso que estamos retomando mais uma vez o trabalho do comitê Lula Livre, de uma forma mais organizada, e mais na base das instituições que participam do Comitê Lula Livre”. Segundo ele, de agora em diante, serão produzidos “mais materiais e informações para que as pessoas que gostam do Lula e do Brasil possam fazer um movimento de mostrar a inocência do Lula e a injustiça que se comete contra ele, mas ao mesmo tempo preparar o povo brasileiro para fazer a resistência contra qualquer desmonte de políticas públicas para o povo trabalhador”.

“Mais cedo ou mais tarde vamos provar a inocência do Lula, provar a grande sacanagem que fizeram contra o povo brasileiro e com isso resgatar o nosso legado. Vamos estar aqui no Natal e Ano Novo, construindo essa grande frente pela inocência e pela resistência”, disse ainda Okamotto.

Entrevista por escrito

O ex-presidente declarou em entrevista por escrito publicada hoje (6) pelo site da BBC que ele foi preso para evitar que vencesse as eleições deste ano. Ele também disse que o juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal em Curitiba, indicado de Bolsonaro para o Ministério da Justiça, “fez política e não justiça, quando sentenciou-o à prisão”.

Abaixo-assinado

Preocupada com a perseguição política contra o ex-presidente, a professora Selma Regina Furio Vieira, de Franca (SP), reuniu 10 amigos para discutir o que fazer para denunciar ao mundo a injustiça contra Lula. “Assim como milhões de brasileiros, eu acredito que somente a nossa luta é que pode fazer com que o mundo saiba da injustiça feita contra o Lula”, afirma, em reportagem de Andre Accarini para o portal da CUT.

Da reunião, surgiu a ideia de fazer um abaixo-assinado que será encaminhado ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). No documento, Selma e os amigos pedem  providências sobre a condenação injusta e sem provas, do ex-presidente no caso do tríplex de Guarujá (SP), apartamento que nunca pertenceu a Lula.

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