Perseguição

‘Querem nos interditar como fizeram com o PCB em 1947’, diz Gleisi

Para presidenta do PT, declarações do general Augusto Heleno, que desqualificam ex-chanceler Celso Amorim, estão entre as mentiras e calúnias

José Cruz/ABR

Chanceler nos governos Lula, Amorim tem sido criticado por denunciar a prisão política do ex-presidente

São Paulo – A presidenta do PT, senadora Glesi Hoffmann (PT-PR), declarou hoje (4) repúdio aos ataques do general Augusto Heleno e outros oficiais ao diplomata Celso Amorim. “Começa o cerco ao PT. Querem nos interditar como fizeram com o PCB em 1947. Mentem e caluniam. Resistiremos, pela democracia e pelos direitos de nosso povo!”, afirmou, por meio de seu perfil nas redes sociais.

Futuro ministro da Defesa do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o militar atacou Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores do governo Lula e que  foi ministro da Defesa no governo Dilma Rousseff.

Ao site O Antagonista, o general afirmou que Amorim é “o primeiro ex-chanceler a usar vários diplomatas a ele ligados em uma campanha no exterior contra o seu próprio país, mentindo sobre a prisão de Lula. Atitude impatriótica, vergonhosa e injustificável”.

O ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante já havia defendido Amorim. Em entrevista ao site Nocaute, do jornalista e escritor Fernando Morais, disse que o que “incomoda muito e envergonha os militares patriotas, o corpo diplomático e o povo brasileiro é um presidente que além de defender a tortura e os grupos de extermínio, bate continência para a bandeira americana, entrega a Embraer e o pré-sal, acaba com o programa espacial e negocia uma base militar americana no Nordeste brasileiro”.

A prisão política de Lula é uma tese apoiada por de juristas brasileiros e estrangeiros, de ganhadores do Prêmio Nobel da Paz e de vários ex-chefes de estado, como François Hollande, Jose Luiz Zapatero, Massimo d’Alema, e de lideranças como o senador Bernie Sanders, hoje o mais popular político dos Estados Unidos.