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Futura ministra da Agricultura admite que mantém negócios com a JBS

Tereza Cristina afirmou que tem participação em propriedade que arrendou ao frigorífico dos irmãos Batista e que recebeu, 'indiretamente', recursos da empresa para sua campanha

Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Futura ministra, Tereza Cristina possui o apelido de ‘Musa do Veneno’, dado pelos próprios ruralistas

São Paulo – A futura responsável pelo Ministério da Agricultura de Jair Bolsonaro, a deputada reeleita Tereza Cristina (DEM-MS) admitiu, nesta quinta-feira (8), ter negócios com o grupo JBS. Ela contou que tem participação de um quinto numa propriedade arrendada ao grupo. Também disse que recebeu recursos dos irmãos Batista, mas alega que as doações foram legais e negou haver conflito de interesses.

“Eu tenho uma propriedade, um condomínio com meus irmãos, sou inventariante e minha família arrenda um confinamento para a JBS, que é do lado da nossa propriedade. Isso há muitos anos”, explica. 

A deputada, indicada pela bancada ruralista para assumir a pasta, também assumiu ter recebido recursos do frigorífico, mas de forma indireta. “Eu não tive doação da JBS direta para mim, foi via, se não me engano, dois parlamentares do meu Estado”, conta.

Cristina também afirmou que não sente desconforto em assumir o ministério.

A futura ministra comentou sobre a possível fusão de Agricultura e Meio Ambiente, que era a promessa de campanha de Bolsonaro, mas deixada de lado após críticas de ruralistas e ambientalistas.

A ruralista se disse disposta a ajudar a escolher o ministro da pasta ambiental. “É uma escolha exclusivamente do presidente da República. Se eu for perguntada, posso sugerir pessoas que eu acho que têm gabarito para isso.”

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