São Paulo – No Rio Grande do Sul, o senador Paulo Paim (PT) conseguiu a sua terceira reeleição, mantendo sua “invencibilidade” em todas as disputas de que participou, desde que se tornou deputado federal, em 1986. A surpresa foi a escolha da segunda vaga no Senado, que ficou com o conservador e neobolsonarista Luis Carlos Heinze (PP).

Até então, as pesquisas indicavam disputa entre Paim, José Fogaça (MDB) e Beto Albuquerque (PSB), enquanto Heinze aparecia em quarto lugar. Ele terminou sendo o candidato mais votado pelos gaúchos, com 2.314.376 votos. O petista teve 1.874.139.

Com apoio do setor ruralista, o senador eleito do PP é crítico da demarcação de terras. Em 2013, declarou que o governo Dilma abrigava quilombolas, gays, lésbicas, “tudo o que não presta”. Coerente, declarou apoio a Jair Bolsonaro (PSL), apesar de seu partido, formalmente, apoiar Geraldo Alckmin (PSDB).

Paim tem origem sindical. Foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, e secretário-geral da CUT.