Onda de ‘fake news’ de apoiadores de Bolsonaro é ‘estalionato eleitoral’, diz Feijóo
Comentarista da TVT alerta que 'enxurrada' de mentiras serve para desestabilizar o pleito eleitoral e compara a técnicas de manipulação nazistas. CUT e PT se organizam para fiscalizar as eleições
Publicado 05/10/2018 - 09h42
São Paulo – A onda de notícias falsas – fake news – movida pelo apoiadores da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) nas redes sociais e no Whatsapp tem como objetivo enganar a população e desestabilizar as eleições 2018 e pode ser classificada como “estelionato eleitoral”, segundo o comentarista político da TVT, José Lopez Feijóo. Vão desde de o falso apoio prestado por personalidades e artistas, que os obrigam a emitir desmentidos, à toda espécie de boatos envolvendo a suposta sexualização precoce de crianças em escolas.
Na última quarta-feira (3), a campanha do candidato Fernando Haddad criou uma uma central de combate às fake news e, apenas no primeiro dia, recebeu mais de 15 mil denúncias de mentiras espalhadas envolvendo o presidenciável, sua vice, Manuela D’Ávila, e também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Feijóo compara essa “fábrica de mentiras” com as táticas de propaganda nazista. “É assim que se comportam aqueles que têm ideologias totalitárias como o fascismo e o nazismo.” Ele também cobra ação das autoridades eleitorais no combate a disseminação de mentiras.
O comentarista faz uma cobrança dirigida o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que quando presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu inúmeras declarações contra o perigo das fake news, tendo anunciado inclusive a criação de uma força-tarefa. “O tal do juiz que prometeu combater as fake news e as mentiras durante a campanha eleitoral até agora, que se saiba, não tomou nenhuma providência.”
Confira o comentário de Feijóo no Seu Jornal, da TVT:
Fiscalização
O combate às fake news também foi tema de um encontro promovido pela CUT e pelo PT, em Brasília, nesta quinta-feira (4), que também serviu para orientar os fiscais que vão acompanhar as eleições 2018, com o objetivo de garantir o cumprimento das regras e evitar fraudes e crimes eleitorais.
No local de votação, está proibida a distribuição de panfletos e santinhos com o nome e o número dos candidatos, bem como a aglomeração de pessoas, a realização de comícios e a utilização de carros de som e de alto falantes nos arredores. Na seção eleitoral, onde ficam as urnas, não é permitida a utilização de celulares, máquinas fotográficas e outros equipamentos que registrem e coloquem em risco o sigilo do voto.
O secretário de organização do PT-DF, Jacy Afonso Melo, alerta para que os fiscais compareçam aos locais de votação às 7h, quando os mesários devem apresentar a “zerésima”, que confirma que as urnas eletrônicas estão zeradas antes de receber os primeiros votos.