ELEIÇÕES 2018

Skaf e Doria são alvos no terceiro debate a governador de São Paulo

Líderes nas pesquisas, ambos foram associados no encontro ao governo Temer

Adriana Spaca/FramePhoto/Folhapress

Doria também foi alvo do atual governador paulista, Marcio França. ‘Não sei por que você fica nervoso quando as pessoas te contrariam. Só você pode mandar’, ironizou

São Paulo – No terceiro debate televisivo na campanha ao governo de São Paulo, realizado neste domingo (16), um dos principais embates ficou entre o candidato do PSDB, João Doria, e o do MDB, Paulo Skaf. Empatados na pesquisa do Datafolha, com 23% das intenções de votos cada, o tucano usou seu tempo para associar o emedebista a Michel Temer, cujo governo tem elevada rejeição. O encontro foi organizado pela TV Gazeta, jornal O Estado de S. Paulo e rádio Jovem Pan.

Skaf repetiu o que vem respondendo quando é confrontado a respeito do tema. “Nunca tive padrinhos na política. Entrei para servir, não para ser servido”, afirmou. “Temer é seu padrinho e não sei porque esconder”, respondeu Doria.

Durante o programa, Luiz Marinho (PT) e Marcelo Cândido (PDT) condenaram o congelamento de gastos em áreas sociais. Na área de educação, a Professora Lisete (Psol) criticou a generalização feita por Skaf, ao tratar grande parte das escolas públicas como ruins. Ela lembra que as instituições do Sesi, sempre lembradas pelo emedebista, são bancadas por dinheiro público. “Quem paga as escolas do Sesi são os contribuintes do estado. E o custo é maior do que em qualquer escola estadual. Todos têm que ter o mesmo direito”, afirmou ela.

Marinho também criticou Doria. O tucano acusou o governo Dilma de “quebrar o país”. O petista devolveu dizendo que os tucanos ajudaram a aprovar a pauta bomba que teria inviabilizado a gestão da ex-presidenta. “João Doria, o mais rico aqui do pedaço, pensa que engana a quem? Quem gerou desemprego nesse país foram os golpistas, o seu partido foi o principal partido de sustentação junto com o MDB”, frisou.

O ex-prefeito de São Paulo também foi alvo do atual governador paulista, Marcio França (PSB). Ele questionou se o tucano tinha ciência sobre o total de precatórios devidos pelo estado. E provocou: “Doria acelera, mas se não engatar, o carro não anda. Quanto São Paulo deve de precatórios? Tem que saber a dívida de São Paulo”, perguntou. “Quero falar sobre propostas (…) Fazer pegadinha no debate é feio“, disse João Doria. “Não sei por que você fica nervoso quando as pessoas te contrariam. Só você pode mandar”, respondeu França.

Por fim, a candidata do Psol duelou com Rodrigo Tavares (PRTB), aliado do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Lisete disse que as mulheres estão mobilizadas contra o presidenciável, sendo rebatida por uma fala insegura. “Muito pelo contrário, nós temos visto movimentos crescentes de apoio feminino à candidatura.” A resposta de Tavares rendeu risadas da candidata e também da mediadora Maria Lydia Flandoli, da TV Gazeta.

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