Datafolha: Haddad segue em alta, Bolsonaro para e perde no segundo turno
Candidato do PT subiu 18 pontos em um mês, de 4% para 22%, e encosta no postulante do PSL, que estacionou em 28% e perde de todos os concorrentes se passar para o segundo turno
Publicado 28/09/2018 - 21h57
Bolsonaro e seu vice Hamilton Mourão, convidado a se calar. Haddad e Manuela seguem tendência de alta
São Paulo – O candidato do PT à Presidência da República saiu de 4% na última pesquisa de agosto e chegou a 22%, segundo o Datafolha desta sexta-feira (28). Os 18 pontos de crescimento do substituto de Luiz Inácio Lula da Silva na disputa confirmam a tendência de transferência de votos a Fernando Haddad e sua curva ascendente, a nove dias do primeiro turno.
Jair Bolsonaro (PSL), no mesmo período, foi de 22% a 28% na preferência do eleitorado. Pode ter atingido seu teto, já que apresenta o mesmo indicador de uma semana atrás.
Com campanha conhecida há muito mais tempo, o ex-militar viu sua rejeição crescer de 39% para 49% de agosto para cá. Para Haddad, que teve seu nome oficialmente apresentado aos “entrevistados” antipetistas apenas em 11 de setembro, a rejeição foi de 21% para 32%.
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Segundo turno
Na sondagem do Datafolha para um eventual segundo turno, Haddad supera Bolsonaro acima da margem de erro e venceria por 45% a 39%, Há pouco mais de um mês, perdia por 38% a 29% – uma evolução de 17 pontos.
O capitão reformado perderia (45% a 38%) também para Geraldo Alckmin (PSDB), se houvesse lugar para os dois na segunda volta. E para Ciro Gomes, do PDT (48% a 38%).
Em embate com Alckmin, Haddad saiu de 20% x 43% em agosto para 39% a 39% – ou seja, zerou a diferença. E com Ciro, distância diminuiu de 19 para sete pontos, indo de 38% a 19% em agosto para 41% a 35%
Mas o tucano oscila entre 10% e 9% desde o mês passado. Agora está com 10%. Ciro também estacionou num patamar um pouco acima de Alckmin, e agora está com 11%.
Marina Silva (Rede) também consolida posição, mas de concorrente fora do jogo. Caiu de 16% em agosto para 5% agora. Já faz companhia na margem de erro a João Amoêdo (Novo), que está com 3%, e próxima de chamar o Henrique Meirelles (MDB) para a disputa (2%).
Vera Lúcia (PSTU) e Guilherme Boulos (Psol) estão com 1%. José Maria Eymael (DC), como sempre, não pontua. Assim como o estreante João Goulart Filho (PPL).