Eleições 2018

Ibope: Haddad empata com Bolsonaro entre mulheres e lidera entre mais pobres

Candidato do PT tem 27% entre quem tem renda familiar até um salário mínimo, mais que a soma do candidato do PSL e de Ciro Gomes

Ricardo Stuckert

Haddad e Ana Estela, na Avenida Paulista. Em campanha há pouco mais de uma semana, pesquisas indicam crescimento das intenções de voto entre mulheres e população de menor renda

São Paulo – Os dados da pesquisa do Ibope divulgada nesta terça-feira (18) evidenciam que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tende a encontrar dificuldade para sua candidatura ser aceita entre as mulheres. De acordo com a sondagem, o presidenciável do PT, Fernando Haddad, em campanha há cerca de uma semana e meia, já empata tecnicamente, com 19% contra 20% do líder do levantamento.

O candidato do PT já lidera em alguns segmentos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é popular, demonstrando a força da transferência de seus votos para Haddad. Segundo o Ibope, o petista lidera com folga entre aqueles com renda familiar até um salário mínimo, com 27%, contra 12% de Bolsonaro e 12% de Ciro Gomes (PDT). 

No segmento daqueles que têm escolaridade até a 4ª série do ensino fundamental, Haddad tem 24% contra 18% do candidato do PSL, e 23% a 20% entre os que possuem grau de escolaridade entre a 5ª e a 8ª séries do ensino fundamental. O ex-ministro também lidera no Nordeste, com 31%, contra 17% de Ciro Gomes e 16% de Bolsonaro.

O presidenciável do PSL alcança seu maior índice entre quem tem renda familiar de mais de 5 salários mínimos. Nessa faixa, chega a 41%, contra 13% de Haddad e 10% de Ciro. Em termos regionais, sua liderança é mais folgada no Sul, onde chega a 38% contra 11% do petista, 7% de Ciro e Geraldo Alckmin (PSDB) e 6% de Alvaro Dias.

Entre os brancos, Bolsonaro tem 35% a 13% de Haddad e 10% de Ciro. No segmento daqueles se declaram pretos e pardos, o presidenciável do PSL tem 24% contra 22% do petista, situação de empate técnico. Bolsonaro lidera também entre os evangélicos, com 36% contra 15% de Haddad. Já entre os católicos o candidato do PSL tem 25% contra 21%. 

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