eleições 2018

Haddad defende distribuição de oportunidades para combater a violência

Candidato disse em mensagem final no debate da TV Aparecida que 'quanto mais oportunidades para jovens e trabalhadores, mais terão alternativas'

latuff/sul21

Tema da desigualdade norteou último bloco do debate na TV Aparecida

São Paulo – Na última parte do debate entre presidenciáveis exibido nesta quinta-feira (20) pela TV Aparecida, os candidatos responderam perguntas pontuais. Fernando Haddad (PT) foi o primeiro a falar, sobre violência. “A violência é um tema que aflige o país. Devemos tratar disso no conjunto. Vamos investir no social. Deus distribuiu o talento democraticamente. Cabe a nós distribuir as oportunidades. Quanto mais oportunidades para jovens e trabalhadores, mais terão alternativas.”

“E também temos que coibir (a violência). Os estados não estão dando conta da situação. Os prefeitos precisam trabalhar na organização dos territórios, junto com os governadores. Isso precisa ser prática. Algumas organizações criminosas trabalham no plano federal. A Polícia Federal terá que ser fortalecida para ter contingente no território, para coibir os crimes que mais afetam as pessoas: homicídio, estupro e roubo”, completou o petista.

Marina Silva (Rede) foi questionada sobre o aumento da violência contra povos indígenas, quilombolas e pescadores. “Este tema deve falar com o coração de todos, neste momento em que os indígenas estão sendo abandonados por governos que retrocederam na questão indígena (…). Temos ainda um candidato que diz que não vai demarcar um centímetro. Temos uma PEC que quer transferir para o Congresso a demarcação. Faço um apelo à todos os candidatos que façam um chamado com veemência para que essa PEC não seja aprovada. Meu compromisso é de demarcar terras e respeitar as culturas. A bancada ruralista quer passar esse projeto para que nunca mais tenha uma demarcação”, disse.

O candidato do Psol, Guilherme Boulos, falou sobre polarização na política e como ele pretende dialogar com outros partidos e movimentos sociais. “A polarização que produz ódio e violência deve ser rechaçada. É importante reconhecer que estamos polarizados porque existe um profundo abismo social. Seis bilionários têm mais riqueza do que 6 milhões de pessoas. Enquanto jogarmos isso para debaixo do tapete, isso vai se manter”, disse.

Ciro Gomes (PDT) falou sobre agricultura. “Agricultura familiar e agronegócio cumprem funções distintas. Agricultura familiar corresponde por 80% da comida da nossa mesa. Garantindo zoneamento econômico e ecológico, temos avançado nisso, precisamos fazer chegar o crédito no volume e hora certa.” Álvaro Dias (Podemos), falou sobre desigualdade. “Temos que mudar o país, a começar pela refundação da República.”

O tucano Geraldo Alckmin foi questionado sobre a PEC do Teto, que congela gastos primários em Educação, Saúde, entre outros, tema que é rejeitado pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que organiza o debate. Alckmin se esquivou, já que apoia o projeto capitaneado pelo presidente Michel Temer (MDB) e passou a culpa para o PT. Disse que as contas públicas estão prejudicadas em razão de governos do passado.

O representante direto de Temer, Henrique Meirelles (MDB), foi questionado sobre o aborto. “Defendo a vida e a preservação do ser humano. Também sou favorável aos direitos da mulher. Ela tem que ter o direito, em situações que se justifique, ela poder tomar essa decisão difícil e dramática. Temos que preservar os direitos da mulher. Esse equilíbrio é garantido pela legislação atual”, disse.

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