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Haddad: ‘Com mais violência e intolerância, não vamos a lugar algum’

O candidato do PT à Presidência da República afirmou que espera uma oposição construtiva, caso eleito, e cita entrevista do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE)

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Haddad, ao lado de sua mulher, Ana Estela, aprovou o “mea culpa” de Jereissati ao dizer que PSDB errou

São Paulo – Em entrevista durante ato de campanha em Florianópolis, hoje (18), o candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, disse acreditar em um Congresso Nacional mais propositivo na próxima legislatura. “Tenho segurança em dizer que o Congresso não vai mais apostar na crise”, afirmou. Haddad argumentou que essa “aposta” já foi feita em 2016, quando a Câmara dos Deputados “travou” a gestão de Dilma Rousseff (PT), aprovando as chamadas “pautas bombas”, sob comando do ex-deputado, cassado e preso, Eduardo Cunha (PMDB). “Essa aposta fracassou e todos estão em busca de saída.”

“Precisamos de paz, de tranquilidade, para pactuar a saída da crise, dar esperança para as pessoas. Com mais violência e intolerância não vamos chegar a lugar nenhum. Quem ganhar precisa pactuar uma saída”, acrescentou. Para Haddad, a democracia está em risco e não é momento para ampliar crises. “Estamos correndo risco de mais obscurantismo, intolerância. Precisamos voltar para a normalidade democrática, negociada. Isso significa ter oposição que queira construir soluções. Acredito que isso vá acontecer porque o país precisa.”

O petista disse que espera uma oposição construtiva, e citou a entrevista do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), ao jornal O Estado de S.Paulo, quando fez uma mea culpa pela atuação de seu partido. “Disse que erraram em contestar o resultado das eleições em 2014 (quando Dilma derrotou o tucano Aécio Neves), em aprovar projetos para atrapalhar o PT e erraram em embarcar no governo Temer. Considero uma entrevista corajosa e rendo homenagens. Até o PSDB está nessa. Então podemos contar com boa vontade”, finalizou.

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Em ato no centro de Florianópolis, Haddad pede serenidade para o país sair da crise