Eleições 2018

Desenvolvimento com inclusão dá o rumo certo à campanha, diz Lula a Haddad

Candidato do PT se reuniu com o ex-presidente em Curitiba, e depois reafirmou comprometimento com propostas para o país retomar o crescimento

Joka Madruga

Entre Gleisi e Emídio de Souza, Haddad fala sobre campanha e detalha reformas tributária, bancária e fiscal

São Paulo – Em encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde desta segunda-feira (17) na sede da Polícia Federal em Curitiba, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, disse que informou a Lula que o mérito de seu processo na Organização das Nações Unidas (ONU) será julgado no primeiro semestre do ano que vem. “Ele reitera que não troca a dignidade dele pela liberdade, e tem a convicção de que as cortes superiores do Brasil e os fóruns internacionais vão atestar a sua inocência no processo pelo qual ele foi condenado, porque não há provas, nem sequer indícios de que um crime tenha sido cometido”, afirmou.

Haddad disse também que o ex-presidente elogiou a linha adotada pela campanha nestes primeiros dias de campanha, desde que o nome de Lula foi impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Essa linha de que queremos construir um país de paz e harmonia voltado para os trabalhadores, com o foco em trabalho e educação, que são os dois eixos da nossa campanha, ele ficou satisfeito com os resultados, que já esperava, tanto das pesquisas recentes do Datafolha, quanto a de hoje, da CNT, a última que foi divulgada.”

Relativizando a importância das pesquisas frente ao período de três semanas que ainda tem até as eleições, Haddad disse que a campanha deve se mover pelas propostas apresentadas em seu programa de governo, pelo respeito à democracia, pelo fortalecimento das instituições e pelo respeito aos adversários. “Estamos convencidos de que isso vai fazer com que a população brasileira se engaje cada vez mais”, comentou.

Em relação à criação de postos de trabalho, sua candidatura traz três propostas principais – reforma tributária, para aumentar a renda disponível de classe média e baixa; reforma bancária, que visa a reduzir drasticamente os juros para o tomador final; e fiscal, que abre espaço no orçamento público para a retomada das obras e investimentos públicos. “São as medidas emergenciais do nosso plano de geração de empregos”, disse o candidato.

Segundo ele, a educação terá foco na formação continuada dos professores e no apoio federal ao ensino médio estadual. “Cada escola federal vai ter que adotar escolas estaduais com baixo desempenho para promover essa etapa que ainda exige cuidados”, defendeu Haddad, lembrando que a proposta está detalhada no plano de governo.

Confira a íntegra da entrevista:

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