Vazia

Nova denúncia contra Haddad supera o caso triplex em esquizofrenia

Em relação ao ex-prefeito, a ação do MP que o acusa de enriquecimento ilícito é um amontoado de delações premiadas, matérias de jornais e impressões do promotor que elaborou a 'denúncia'

Ricardo Stuckert / IL

Bastou subir nas pesquisas e Fernando Haddad virou alvo de nova campanha negativa da mídia e do MP

Jornal GGN – O GGN, portal de notícias do jornalista Luis Nassif, analisa a íntegra da denúncia apresentada nesta terça-feira (28) por um promotor público de São Paulo contra o candidato a vice-presidente na chapa de Lula, Fernando Haddad, segundo a qual este teria recebido propinas de uma empreiteira quando foi prefeito da capital (2013-2016). A conclusão é de que se trata de uma peça mal produzida e sem fundamentos que a façam ser levada a sério.  A seguir, trechos da reportagem do GGN: 

“Quem conhece a denúncia que a Lava Jato apresentou contra Lula no caso triplex terá a dimensão exata do impacto da seguinte frase: a ação da Promotoria de São Paulo sobre o suposto enriquecimento ilícito e improbidade administrativa de Fernando Haddad consegue ser pior do que a obra de Curitiba, com enredo e acervo probatório ainda mais precários. A equipe de Deltan Dallagnol não só fez escola como foi superada, em termos de esquizofrenia, pelo que fez o Ministério Público do Estado em relação a Haddad.

“A íntegra da denúncia, à qual a reportagem do GGN teve acesso tem 177 páginas. Em relação ao ex-prefeito, não é exagero dizer que é um amontoado de delações premiadas, matérias de jornais e impressões do promotor Wilson Tafner, que tem uma teoria bem simples: é “óbvio” que Haddad replicou em São Paulo, com a UTC, o mesmo que o PT fez nos governos Lula e Dilma, com as empreiteiras contratadas pela Petrobras. 

“Os delatores não especificaram contratos ou obras que tenham sido “fraudados” nos moldes da Lava Jato. Disseram que doavam ao PT de Haddad “com o intuito de ‘abrir portas'” e sinalizaram que tinham interesse na continuação de um projeto licitado por Kassab. Pelas mesmas delações, Haddad também nunca prometeu nada à UTC. É a Promotoria que faz o exercício de buscar na imprensa iniciativas que ocorreram após o início da gestão petista no Paço, só para citá-las na acusação como se fossem as consequências práticas de dois encontros que Haddad teve com Pessoa (um quando ele era candidato e, outro, nos primeiros meses como prefeito).”

Leia aqui a íntegra da análise pelo GGB de mais uma tentativa de responsabilizar criminalmente políticos do PT