Previdência

Servidores de Porto Alegre ocupam gabinete do prefeito contra previdência complementar

Funcionários públicos municipais em greve exigem negociação sobre novo regime previdenciário recém-aprovado e denunciam sucateamento dos serviços básicos

Divulgação/Simpa

Temendo novas regras, servidores antecipam aposentadorias e vagas não estão sendo preenchidas, segundo o Simpa

São Paulo – Servidores municipais de Porto Alegre ocuparam na manhã desta terça-feira (7) o Paço Municipal, conhecido como prefeitura velha, onde fica o gabinete do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), no centro da capital. Os municipários, que estão em greve desde o último dia 31, denunciam o sucateamento dos serviços prestados pela prefeitura e exigem a contratação de novos servidores. Eles também reivindicam reajuste salarial e são contra o novo regime de previdência complementar, o PoaPrev, aprovado nesta segunda-feira (6) pelos vereadores. “Negociação”, gritavam os servidores, no momento que adentraram no prédio. 

Há um déficit muito grande de servidores que estão se aposentando, sem que o prefeito faça a reposição. Só no HPS (Hospital de Pronto Socorro) faltam cerca de 200 servidores. Na Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania), faltam 600 servidores. Na educação, idem. Só nestes três setores, há um déficit em torno de 1.200 servidores”, explica o diretor do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) Alberto Terres. 

Sobre o PoaPrev, o diretor do Simpa diz que, o novo regime de previdência já nasce falido. “Para criar essa previdência complementar, a prefeitura precisará aportar em torno de R$ 10 milhões. No médio prazo, essa previdência deverá devolver esses recursos para a prefeitura. No entanto, as adesões a essa previdência complementar serão em um número tão pequeno que ela não conseguirá se sustentar financeiramente”, avalia Terres. Segundo ele, muitos servidores anteciparam seus pedidos de aposentadoria com receio sobre as novas regras previdenciárias. 

Pelo novo projeto aprovado, servidores que recebem até o teto do INSS  seguem com sua previdência administrada pelo atual fundo municipal, o Previmpa. Aqueles que ganham acima disso, e que pretendem se aposentar mantendo os rendimentos da ativa, terão de pagar uma contribuição extra de 8,5% em cima da quantia excedente, que será colocada no PoaPrev. A prefeitura deve completar o valor também com 8,5%.

Os municipários, que tentam negociação com a prefeitura, devem realizar uma assembleia nesta terça-feira, a partir das 14h, que discutirá os rumos da greve. 

Com informações do Sul 21

 

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