Eleições 2018

Ninguém parte para austeridade com economia desacelerada, diz professor da Unicamp

Para analistas, políticas de austeridade prejudicam os trabalhadores e o país. Evento realizado em São Paulo também analisou propostas dos presidenciáveis

TVT/Reprodução

‘Todos nós sabemos que isso, ao invés de resolver, agrava os problemas da economia’, diz economista sobre teto de gastos

São Paulo – Economistas e pesquisadores contestaram a redução em investimentos públicos e a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95, que estabeleceu congelamento para gastos, como política de recuperação econômica. As críticas a medidas promovidas pelo governo Temer e defendidas por alguns dos candidatos à Presidência da República foram feitas durante debate organizado na sexta-feira (10) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais e Universitários Regulamentados (CNTU), para discutir temas centrais deste ano, como as eleições, a democracia, o trabalho e o desenvolvimento no Brasil.

“Se você olhar os principais países, ninguém partiu para uma política de austeridade com a economia desacelerando ou em crise”, analisa o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Denis Maracci Gimenez, em referência à EC 95, o que ele vê como uma contradição em termos de tendência global. “Todos nós sabemos que isso, ao invés de resolver, agrava os problemas da economia.”

Além da preocupação com a retoma econômica, os participantes também fizeram críticas ao desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS), à privatização de empresas públicas, aos impactos da “reforma” trabalhista e à tentativa de “reforma” da Previdência, especulada como um dos possíveis temas a serem tratados no governo transitório, que passará a atual gestão para o candidato eleito nestas eleições. O professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp) Aldo Fornazieri advertiu ainda ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, para o perfil de candidato que atenda o “compromisso, a seriedade e comprometimento com as causas populares”, como o ideal para frear as políticas neoliberais e defender os interesses da população.

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