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Doria tenta por processo movido por ex-empregada sob sigilo. Justiça nega

Candidato do PSDB ao governo de São Paulo responde a ação em que ex-empregada o acusa de fazê-la acumular serviços pesados e demiti-la durante tratamento de saúde

reproduçõa/facebook/joão doria

O ex-prefeito de São Paulo que abandonou seu cargo após pouco mais de um ano de governo

São Paulo – O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, é alvo de uma ação trabalhista movida por uma ex-empregada doméstica. Após alegar que o caso poderia “prejudicar” sua imagem junto ao eleitorado, a defesa do tucano pediu duas vezes para que o processo corra em sigilo. A Justiça negou.

“Candidatura às eleições 2018 não encontra respaldo legal para que seja restringida a publicidade dos atos processuais”, definiu o juiz substituto Walter Rosati Vegas Junior, da 53ª Vara do Trabalho de São Paulo. Seu advogado, Lucas Alves Lemos Silva retrucou que “é importante destacar que qualquer fato pode ser usado contra si neste momento e denegrir a imagem do candidato”, como apurou o portal Jota.

A ex-empregada do ex-prefeito, que abandonou o cargo após pouco mais de um ano para tentar escalar ao governo do estado, trabalhou por 12 anos na casa de Doria. Josefa dos Santos reclama na Justiça o fato de sua demissão ter ocorrido durante um período de suspensão do contrato de trabalho, pois estava com problemas de saúde.

Na ação, a reclamante pede o pagamento de horas extras no valor de R$ 23.038,89, além de uma indenização por danos morais no valor de R$ 27.800, pela demissão de forma ilícita.

Josefa alega abusos de suas funções. Ela classificou seu trabalho como “humanamente impossível” de ser realizado dentro do horário. “Habitualmente, excedia o horário de trabalho para dar conta.”

Além das tarefas realizadas na mansão de Doria em São Paulo, Josefa relata que o tucano passou a trazer peças pesadas, como toalhas e cortinas, de sua outra mansão, em Campos do Jordão, interior do estado. Soma-se a isso, a obrigação de limpar prataria e materiais tanto dos escritórios de Doria, quanto de seu jatinho particular.

Mesmo após os 12 anos de serviço, realizado muitas vezes a mais, Doria demitiu Josefa enquanto ela se recuperava de uma cirurgia, feita para corrigir um deslizamento da bexiga. Além disso, a empregada relatava dores no braço esquerdo. Diante desse cenário, o tucano passou a considerar a trabalhadora como insuficiente para garantir o asseio de seus artefatos luxuosos.

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