Eleições 2018

Debate na RedeTV! tem ‘tabelinha’ entre candidatos e provocações

Segundo encontro entre presidenciáveis tem troca de amenidades entre Marina Silva e Álvaro Dias e embate de Guilherme Boulos e Henrique Meirelles

Reprodução

Confronto entre Boulos e Meirelles foi um dos poucos momentos de emoção do primeiro bloco

São Paulo – O segundo debate da campanha presidencial de 2018 acontece nesta sexta-feira (17), promovido pela RedeTV!. Após as rápidas apresentações, onde os candidatos tentaram falar sobre as motivações de suas candidaturas e o que fariam para combater a corrupção, eles responderam perguntas enviadas pelas redes sociais. Respondendo sobre como gerar mais empregos, Marina Silva, da Rede, disse que vai construir 1,5 milhão de casas com placas solares, além de “valorizar a economia criativa”.

A Guilherme Boulos (Psol), coube uma questão sobre o pré-sal. “Vamos revogar a entrega do pré-sal para as empresas estrangeiras”, disse, citando o preço do botijão de gás e dos combustíveis para criticar a atual política do governo Temer em relação à Petrobras.

No confronto direto, Ciro Gomes perguntou a Geraldo Alckmin sobre a EC 95, a chamada Lei do Teto. O ex-governador paulista atribuiu ao governo Dilma a responsabilidade de lei ter sido instituída pelo governo Temer. No ano passado, ele tentou aprovar projeto similar na Assembleia Legislativa, congelando investimentos por dois anos, mas a proposta foi rechaçada por sua própria base no parlamento.

Marina Silva (Rede) e Álvaro Dias (Podemos) inauguraram as ‘tabelinhas’, com um perguntando ao outro e concordando em atacar o PT e priorizar o tema corrupção, evitando o embate direto. O senador paranaense insistiu em exaltar a Lava Jato, como já havia feito no primeiro debate, da Band.

Guilherme Boulos (Psol) confrontou Henrique Meirelles (MDB) e falou sobre ampliar a participação popular em um eventual governo. “Vamos criar o Sistema Nacional de Democracia Direta com plebiscitos e referendos para a população poder decidir. E vamos colocar, pela primeira vez na história do país, o PMDB na oposição”, afirmou. Atacado por Meirelles, que disse, com sua equipe no Banco Central, ter gerado empregos “para quem queria trabalhar e não invadir”, o psolista respondeu no embate com Cabo Daciolo (Patriota). “Tô junto com sem teto, com sem terra, só não tô junto com sem vergonha.”

No segundo bloco, jornalistas fizeram perguntas aos presidenciáveis, escolhendo um adversário para comentar. Reinaldo Azevedo, em sua primeira intervenção, questionou Jair Bolsonaro (PSL) sobre a dívida pública brasileira. Visivelmente incomodado, com uma resposta genérica e permeada por diversas pausas, ele afirmou que será “muito difícil” lidar com a questão. Ciro atribuiu a responsabilidade de parte do problema à Lei do Teto.

Ausência de Lula

O cenário não contou com um púlpito vazio com o nome do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, por conta de uma decisão quase consensual entre os candidatos participantes; a exceção foi Guilherme Boulos. Na tarde de hoje, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Sérgio Banhos rejeitou novo pedido da legenda para autorizar a participação do ex-presidente no encontro. Na quinta-feira, a participação de Lula havia sido vetada, mas a defesa recorreu da decisão.

Em seu perfil no Twitter, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, se manifestou a respeito da ausência do candidato petista. “Foi colocado púlpito para Lula na RedeTV! Negar sua participação no debate contraria uma determinação da ONU. O púlpito vazio será o silêncio que mais fala ao povo brasileiro”, disse.

Em breve, mais atualizações.

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