Eleições 2018

Ausência de Lula é destaque no primeiro debate da Band. PT fará evento paralelo

Depois de diversos recursos, líder nas pesquisas, foi desautorizado a participar de debates da campanha presidencial. Band não aceita Haddad e reunirá oito candidatos. Saiba como vai ser

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Líder nas pesquisas e seu vice estão fora do estúdio

São Paulo – O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou nesta quinta-feira (9) pedido do PT para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participe do primeiro debate com os candidatos à presidência na TV Bandeirantes. O partido havia entrado com mandado de segurança, após o Tribunal ter se recusado a analisar pedido anterior, que também foi negado.

O debate será transmitido a partir das 22h e reunirá oito candidatos – Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (Psol) e Marina Silva (Rede). A RBA vai acompanhar.

Os advogados do PT alegaram que as restrições impostas a Lula “desconstroem a própria democracia brasileira e o direito da população brasileira de escolher livremente o próximo presidente”. Afirmam ainda que a ausência do petista, que lidera todas as pesquisas de opinião, prejudica a isonomia entre os candidatos. “Deixando o povo alijado de ouvir, ao menos, as propostas, é suprimir a própria participação popular do próximo pleito eleitoral.”

O PT realizará por meio de seus canais na internet uma transmissão com Fernando Haddad e Manuela D’Ávila, porta-vozes da candidatura de Lula. Além de Haddad e Manuela, participam a presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, um dos coordenadores do programa de governo da candidatura petista.

Eles comentarão as propostas dos demais candidatos e responderão em nome de Lula eventuais críticas endereçadas ao ex-presidente por parte dos demais candidatos. 

O #DebateComLula, como o evento paralelo está sendo chamado, será a partir das 22h, – simultaneamente ao da Band – com transmissão pelos perfis oficiais do ex-presidente nas redes sociais e também no Youtube. 

A “concorrência” entre a emissora – tendo a TV aberta com carro-chefe da transmissão – e a experiência paralela dos petistas será o primeiro grande teste de uma nova forma de debate e disputa de ideias. Afinal, há cerca de uma de dezena de debates com confronto programados, sem contar as entrevistas e sabatinas.

Para alguns analistas, 2018 será a primeira grande eleição da internet e a última da televisão. Para se ter ideia, entre 2016 e este ano, o acesso à rede por 3G ou 4G saltou de 86 milhões para 115 milhões de brasileiros.

Ou seja, quase 30 milhões de pessoas passaram a usar a internet como meio de se comunicar e receber comunicação. Nu universo de 147 milhões de eleitores trata-se de um contingente capaz de mandar um candidato para o segundo, ou até mesmo evitar que seja necessário um segundo.

Como será o debate, em blocos

1. Pergunta feita por leitores do jornal Metro, depois os candidatos perguntam para os candidatos.

2. Jornalistas perguntam para todos os candidatos e escolhem quem vai replicar. Haverá direito à tréplica.

3. Candidato pergunta para candidato. Perguntas começam com Álvaro Dias e terminam com Ciro Gomes. Cada candidato poderá ser perguntado até duas vezes.

4. Jornalistas voltam a perguntar para candidato e escolher quem fará a réplica.

5. Candidatos terão um minuto e meio para as considerações finais, começa com Ciro Gomes e fecha com Henrique Meirelles.

Próximos debates

RedeTV! – 17 de agosto,  22h, TV

Jovem Pan – 27 de agosto, 19h, rádio

Gazeta/Estadão – 9 de setembro, 19h30, TV

Poder360/Revista Piauí – 18 de setembro, streaming

Veja – 19 de setembro, 9h, streaming

TV Aparecida– 20 de setembro, 10h, TV

SBT/UOL/Folha– 26 de setembro, 18h20, TV

Record – 30 de setembro, 22h, TV

Globo – 4 de outubro, 21h30, TV

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