Law-fare

Dilma em Buenos Aires: usam contra Lula a ‘justiça do inimigo’

Em passagem pela Argentina, ex-presidenta manifestou preocupação com a saúde de Lula, mas afirmou que ele 'livre ou preso' será o próximo presidente

Emergente Medio

Para Dilma, Lula é a única pessoa capaz de construir pontes e impedir que o ódio político se transforme em violência

São Paulo – Em passagem pela Argentina nesta terça-feira (1º), a ex-presidenta Dilma Rousseff afirmou que estão utilizando a “justiça do inimigo” contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o chamado lawfare – quando processos judiciais são utilizados como forma de perseguição política –, ao citar novas denúncias do MPF contra integrantes do PT, além do isolamento e a restrição a visitas na prisão na sede da Polícia Federal em Curitiba. 

As declarações de Dilma foram dadas durante o lançamento do livro Luiz Inácio Lula da Silva – A Verdade Vencerá, na Feira do Livro de Buenos Aires, que se converteu em um ato político pela libertação do ex-presidente, e contou com a participação do ex-presidente colombiano Ernesto Samper (1994-1998), do ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980, e da presidenta das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, entre outras personalidades. 

“Lula, inclusive agora como preso político –porque é um preso político – encontra forças na relação com o povo brasileiro”, afirmou Dilma, que acrescentou que uma das motivações para a prisão do ex-presidente é que ele “fala muito, e fala criticamente”. 

A ex-presidenta revelou também preocupações com a vida de Lula na carceragem de Curitiba. “Tenho medo pela comida, pela água que ele toma”, disse Dilma, relacionando os riscos à saúde do ex-presidente às decisões da juíza Carolina Lebbos, que impediu até mesmo que Lula fosse visitado por um médico.

Apesar das preocupações com ex-presidente, com os rumos do Brasil e também da integração latino-americana, Dilma afirmou que, “livre ou preso”, Lula será eleito presidente do Brasil nas próximas eleições.

“Lula é a única pessoa no Brasil que está em condições de construir pontes, de impedir que o ódio se transforme em violência”, ressaltou a ex-presidenta, que disse ainda que, antes dos governos do PT, era “crime” no país colocar os mais pobres no centro de um programa político, de estímulo ao crescimento com combate às desigualdades.  

 

 

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