Habeas Corpus a Lula representa avanço civilizatório, diz ex-reitor da UnB
Jurista José Geraldo de Souza Junior, que também foi reitor da Universidade de Brasília, debateu com estudantes e políticos o caso que o STF julga nesta quarta-feira (4) envolvendo o ex-presidente
Publicado 04/04/2018 - 09h48
Estudante destacou a importância do julgamento. “Não está sendo decidido só o futuro de Lula, mas o futuro da nossa Nação”
São Paulo – Para o jurista e ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) José Geraldo de Souza Junior, o habeas corpus preventivo protocolado pela defesa do ex-presidente Lula, cujo mérito o Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira (4), deve ser concedido em nome do avanço civilizatório. Ele participou, junto com estudantes, políticos e representantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, de debate sobre o tema no campus da universidade nesta terça-feira (3).
“Não se sufoca o inocente contra à Justiça. Defender a Constituição é também esperar que esse habeas corpus faça jus, teórica e politicamente, à construção da civilização”, afirmou Souza Jr ao repórter Uélson Kalinoviski, para o Seu Jornal, da TVT.
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) criticou o pronunciamento da presidenta do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que na noite desta segunda-feira (2) pediu serenidade nas disputas políticas. Segundo ela, a presidenta da Suprema Corte já demonstrou que é suscetível a pressões “dos poderosos e dos meios de comunicação dominados pela elite”.
“A ministra, se quer combater o ódio, tem que defender os princípios fundantes da Constituição, que falam de dignidade humana e da presunção de inocência”, disse a deputada.
Para a estudante Raíssa Cavalcanti, integrante do grêmio da UnB, o julgamento é decisivo para o futuro do país. “Amanhã não está sendo decidido só o futuro de Lula, está sendo decidido o futuro da nossa Nação, o futuro dos nossos direitos e o nosso futuro.”