inclusão educacional

Câmara faz homenagem aos 10 anos dos institutos federais criados na gestão Lula

Sessão solene destaca a importância dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), cujo número de alunos dobrou de 500 mil para um milhão. Evento tem críticas ao teto de gastos

Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Sessão solene realizada hoje na Câmara: ampliação da rede de educação federal promove inclusão

São Paulo – A Câmara dos Deputados promoveu hoje (12) uma sessão solene em homenagem aos 10 anos dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). O ato evidenciou a importância de se investir na educação profissional pública como um dos fatores de indução do desenvolvimento do país e repudiou a redução de recursos promovida pelo governo federal. Enquanto os IFs dobraram o número de alunos (500 mil para um milhão), houve redução de custeio e investimentos em 31,4% (período 2013-2018).

“Os institutos federais consolidaram um novo patamar para a educação brasileira com diretrizes claras de interiorização, levando educação pública de qualidade e excelência para todos com uma nova perspectiva pedagógica”, disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Segundo ela, “jamais o Congresso deveria ter aprovado a Emenda Constitucional 95, que congelou os recursos sociais, colocando a educação e demais políticas públicas em um grave retrocesso”. “Esta sessão acontece também por uma palavra: resistência. Nós não permitiremos o retrocesso”, acrescentou. 

“É importante que os institutos continuem crescendo, porque a nação precisa. E para onde crescemos? Para o interior. A ideia é que os alunos não saiam de suas regiões, é estar nas comunidades mais discriminadas, é atender as pessoas que não têm condição tanto física quanto financeira. E é para isso que nós existimos. Educação é investimento no futuro. É satisfação nossa, porque a escola existe para atender os alunos e comunidades”, afirmou o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Roberto Gil Rodrigues Almeida, reitor do IF do Triângulo Mineiro.

O coordenador-geral da Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet), Júnior Palheta, estudante no Pará, destacou a consolidação dos institutos. “Hoje somos mais de um milhão de alunos matriculados. Além disso, temos a marca de educação integrada, onde temos o tripé ensino, pesquisa e extensão. E, acima de tudo, temos uma questão que deve ser lembrada: os projetos de construções dos IFs são mais que projetos de construções. São realizações de perspectivas e de sonhos da juventude. O que seria da juventude sem os sonhos?” 

Em 29 de dezembro de 2008, 31 centros federais de educação tecnológica (Cefets), 75 unidades descentralizadas de ensino (Uneds), 39 escolas agrotécnicas, sete escolas técnicas federais e oito escolas vinculadas a universidades deixaram de existir para formarem os Institutos Federais. Essa transformação das instituições até então existentes em IFs foi introduzida como uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), durante a gestão do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os 38 IFs contam com 643 campi localizados em 568 municípios, ofertam 11.264 cursos, de nível técnico à pós-graduação, e registram a matrícula de 1,031 milhão de estudantes. São 43 mil professores e 34 mil técnicos-administrativos.

 

Leia também

Últimas notícias