São Paulo – A viúva da vereadora assassinada Marielle Franco, Monica Benício, e a irmã dela, Anielle Silva, foram homenageadas nesta quinta-feira (22) na Câmara dos Deputados, em Brasília. A sessão solene do Dia Internacional do Direito à Verdade lembrou das pessoas que foram vítimas de crimes do Estado. 

Emocionada, Mônica citou o caso como mais um crime político no país e disse a vereadora virou um “símbolo de esperança“. “A Marielle se transformou numa coisa muito maior. Ela se transformou num símbolo de esperança e é por isso que a gente vai lutar e seguir lutando, porque Marielle é resistência.”

A viúva cobrou justiça. “As autoridades brasileiras competentes não devem só a mim a satisfação do que aconteceu com a minha mulher, porque isso não vai trazê-la de volta, mas devem ao mundo o respeito e a satisfação do que aconteceu nesse crime bárbaro”, discursou. 

A irmã de Marielle diz que a elucidação do crime simboliza a luta das famílias de vítimas assassinadas no Rio de Janeiro. “Ninguém merece morrer como ela morreu e que isso seja respeitado. O Brasil precisa que esse crime seja esclarecido, isso não pode ficar impune. “Que as autoridades competentes consigam descobrir o por quê disso. Por que calarem ela? Por que? Quantos mais precisaram morrer para que essa guerra toda acabe?”, questionou Anielle, repetindo questionamento da própria Marielle.

A sessão foi convocada em homenagem ao Dia Internacional do Direito à Verdade sobre Graves Violações aos Direitos Humanos e da Dignidade das Vítimas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que é celebrado no dia 24 de março.

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT: