'morte de ódio'

Polícia do Rio nega PF no caso Marielle. Juízes defendem investigação independente

De acordo com entidade, a necessidade de autonomia se dá pela possibilidade da participação de agentes militares no caso. Milhares participam de ato no centro do Rio

Desde o início da tarde, milhares de pessoas ocupam a escadaria da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro

São Paulo – A Associação de Juízes para Democracia (AJD) divulgou nota, nesta quinta-feira (15), exigindo investigação independente no assassinato da vereadora pelo Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol). Mais cedo, o chefe da Polícia Civil do Estado do Rio, Rivaldo Barbosa, disse que a Polícia Federal ofereceu ajuda nas investigações, mas acrescentou que a instituição tem todas as condições de resolver o caso.

De acordo com a AJD, a necessidade se dá pela possibilidade de a participação de agentes militares no caso. “Marielle e Anderson não foram vítimas do delírio fascista chamado ‘falta de segurança pública’. Foram vítimas do aparelho estatal que não admite mudar, que não admite ser criticado, causador em primeiro e último grau de toda essa violência que ele, ao fingir combater, multiplica e retroalimenta”, diz a nota. “A intervenção militar, um ato de força e ignorância, não deteve as balas que mataram Marielle e Anderson. Nunca deterá. Não se combate violência com mais violência.”

Marielle foi assassinada na noite desta quarta-feira (14). Anderson Pedro Gomes, de 39 anos, que dirigia o carro em que foram abordados, também morreu. Desde o início da tarde, milhares de pessoas ocupam a escadaria da Câmara do Rio de Janeiro, na Cinelândia, região centrla da cidade. Os manifestantes homenageiam à parlamentar e fazem gritam palavras de ordem contra a Polícia Militar.

 

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