São Paulo – O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), teve que recuar na medida que buscava garantir para si próprio serviços de segurança pessoal prestados por policiais militares também na condição de ex-prefeito. O decreto que estendia a “assessoria policial-militar” prestada ao prefeito àqueles que deixassem o cargo foi alterado, nesta quinta-feira (8) após repercussão negativa. 

A menos de um mês da sua saída da prefeitura para disputar o governo do estado, ele já pretendia contar com os serviços dos policiais, pagos com dinheiro público, durante a sua campanha. Em vez de revogar a proposta,  Doria alterou o conteúdo do decreto, estabelecendo que a guarda especial para ex-prefeitos passe a valer a partir do próximo mandato.

Na terça (6), Doria se recusou a responder sobre o decreto que o beneficiaria diretamente. Interpelado por jornalistas durante a inauguração de uma creche, ele afirmou que falaria apenas sobre educação, e que as explicações sobre o serviço de segurança deveriam ser dadas pela Secretaria de Governo da gestão municipal.

Antes, o prefeito havia justificado a decisão alegando que apenas reproduzia em nível municipal medida que já existe para os executivos federal e estadual, já que presidente da República e o governador do estado contam com segurança pessoal após o termino do mandato.

O primeiro dispõe de proteção vitalícia, prestada pela Polícia Federal. Já para os governadores, o benefício tem duração de quatro anos e foi determinado em 2004, no segundo mandato do atual governador, Geraldo Alckmin (PSDB). Graças a Doria, o prefeito eleito nas próximas eleições contará com reforço na segurança, após deixar o cargo, menos se for cassado, pelo prazo de um ano.