#CadêAProva?

Saiba por que nenhum jurista sério endossou sentença de Sérgio Moro

Advogado criminalista e presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), Fábio Tofic Simantob aponta as contradições e falhas da decisão de Moro que condena Lula

Arquivo/EBC

Moro, segundo o criminalista Fábio Tofic Simantob, trabalha com provas espirituais, o que não é crível

São Paulo – Em sua sentença que condena o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e seis meses, o juiz Sérgio Moro fez uma “ginástica”, já que “na própria Lava Jato, réus em situação parecida foram absolvidos”. A afirmação foi feita pelo advogado criminalista e presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), Fábio Tofic Simantob, em entrevista ao jornalista Glauco Faria, da Rádio Brasil Atual.

“Ninguém pode ir na sentença e dizer que por A mais B e mais C a sentença está correta. Realmente não dá para fazer essa lógica, já que a lógica interna da sentença é falha, não permite concluir que tem uma culpa ali até porque a própria sentença diz que não pode provar essa culpa”, afirma o criminalista.

De acordo com Tofic, a sentença diz qual foi o ato de corrupção que condena o ex-presidente: ter dado a palavra final na nomeação dos diretores da Petrobras. “Mas o ato não pode ser configurado como corrupção. Esse é um ato que qualquer presidente pratica”, destaca.

Além disso, segundo destaca, “a sentença dá a impressão de partir da premissa de que o ex-presidente é culpado para em seguida concluir que, portanto, não precisa demonstrar a prova”.

“Aí fica claro que, no fundo, ele foi condenado por um ato de corrupção, quando na verdade a corrupção, de fato, a própria sentença diz que não é possível atribuir a ele”, destaca o criminalista.

Confira íntegra da entrevista

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