Julgamento

Para presidente do Psol, impedir candidatura de Lula é ‘aprofundar o ataque à democracia no Brasil’

Em vídeo, Juliano Medeiros defendeu direito do ex-presidente concorrer e apresentar 'seu programa à sociedade brasileira'. Após reunião, Comitê Sindical e Popular diz não abrir mão de ato na Paulista

Reprodução

Para presidente do Psol, Judiciário apoiou e patrocinou golpe de abril de 2016

São Paulo  Em vídeo publicado nas redes sociais do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), o presidente nacional da legenda, Juliano Medeiros, defendeu o direito do ex-presidente Lula concorrer às eleições de 2018. “O Psol terá candidatura própria à presidência da República, mas entendemos que é direito de Lula concorrer às eleições presidenciais deste ano apresentando seu programa à sociedade brasileira. Impedir Lula de concorrer às eleições é aprofundar o ataque à democracia no Brasil”, disse.

Para Medeiros, a ruptura democrática consolidada com o afastamento da presidenta Dilma Rousseff contou com o apoio do Judiciário, que age de forma seletiva. “O golpe de abril de 2016 representou um novo ciclo de ataques à soberania nacional, à democracia e aos direitos sociais. O Judiciário apoiou e patrocinou este golpe. Enquanto milhares de jovens negros e pobres lotam as cadeias em todo o país, Aécio Neves e Michel Temer, apesar das provas, continuam impunes”, destacou.

Na semana passada, a legenda havia divulgado uma nota na qual afirmava que a antecipação do julgamento para janeiro deste ano, “logo após o fim do recesso do Judiciário, representa uma evidente tentativa de influenciar o quadro eleitoral deste ano e impedir o direito de Lula de se candidatar”.

Na tarde desta quinta-feira (18), o Comitê Sindical e Popular se reuniu para discutir a organização do ato em defesa do direito de Lula ser candidato em 2018.

Em nota divulgada após o encontro, o comitê afirma não abrir mão que o evento seja realizado na Avenida Paulista. “Os movimentos sociais já mudaram o local de concentração e horário do ato diversas vezes numa clara tentativa de diálogo. O que percebemos é que grupos que não toleram a democracia querem impedir de qualquer forma a nossa manifestação”, afirma o documento.

Existe um simbolismo de realizarmos esse ato na Paulista. Nosso objetivo é organizar um ato amplo, com a presença das mais diversas personalidades que externaram seu repúdio ao tribunal de exceção que se instalou no país contra o presidente Lula”, disse o presidente da CTB, Adilson Araújo.

Leia também

Últimas notícias