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Silêncio da Justiça ante abusos de Moro e condenação de Lula incomodam democracia

Em participação na cobertura ao vivo do julgamento pela 'TVT', pesquisadora Esther Solano fala que existe um corporativismo judicial que faz com que magistrados se calem diante da condução da Lava Jato contra o ex-presidente Lula

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‘É um momento incoerente, porque muitos que se favoreceram com ele (Lula) agora querem sua derrocada’, afirma Esther

São Paulo – Conforme avança o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (24) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, vai ficando claro mais uma vez que as elites abandonaram a política e adotaram o sistema judiciário para representar seus interesses e impedir que os trabalhadores tenham representação na política.

“A elite está contra o petismo, mas foi favorecida pelos governos Lula. Tem algo no campo afetivo, no campo psicológico. É um momento incoerente, porque muitos que se favoreceram com ele (Lula) agora querem sua derrocada”, afirmou a pesquisadora em Ciências Sociais Esther Solano, em entrevista no estúdio da TVT nesta tarde. Plantão da emissora faz a transmissão comentada ao vivo, do julgamento em segunda instância na capital gaúcha.

Segundo Esther, a politização da Justiça, desde o golpe que retirou Dilma Rousseff do poder, em 2016, vem se dando por meio do processo midiático, já que o papel da imprensa dominante vem sendo o de pressionar pela condenação do ex-presidente.

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A pesquisadora também disse que se sente incomodada pelo corporativismo da Justiça em relação aos desmandos da condução da Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro. “Há uma falta de atitude do poder judiciário, o silêncio de muitos deles diante dos abusos da Lava Jato. O corporativismo está ficando muito claro e isso incomoda”.

“Quando questões políticas são julgadas nos tribunais alguma coisa está muito errada. Caso de política tem de ser pensado como caso de política e não de justiça”, afirmou ainda.

Acompanhe a cobertura do julgamento do TRF4 na TVT:

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