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Manifestação em defesa de Lula e da democracia toma a Praça da República

“Não é julgamento individual, é coletivo. O povo brasileiro está sendo julgado”, afirmou a líder indígena Sônia Guajajara, após julgamento do TRF4 condenar o ex-presidente

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São Paulo – Decretada a votação unânime contra a apelação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde de hoje (24), no julgamento do TRF4, a Praça da República, no centro de São Paulo, foi tomada por manifestantes. Segundo a organização, eram 10 mil pessoas por volta de 17h30, quando o ato começou – chegaria a 50 mil à noite, no momento do discurso de Lula. As ruas e avenidas que dão acesso à praça foram fechadas para o trânsito. A líder indígena Sônia Guajajara procurou ensejar o espírito político da manifestação. “Não é um julgamento individual, é coletivo. É o povo brasileiro que está sendo julgado”, afirmou.   

O presidente do PT-SP, Paulo Fiorillo disse que a reação dos apoiadores de Lula está fazendo história. “Hoje não é o fim, é o começo de uma luta que vai levar lula à presidência da República em 1º de janeiro. Não vamos desistir.”

O deputado José Guimarães (PT-CE), líder da minoria na Câmara, voltou a dizer que o PT não tem plano B: “É Lula candidato à Presidência da República. Precisamos mobilizar o país, os movimentos sociais. Se eles querem nos derrotar, venham para a rua disputar o voto do povo. Este é o ano das nossas vidas”, ressaltou.

O presidente estadual da CUT, Douglas Izzo, anunciou a reunião da direção nacional do PT nesta quinta-feira (25), na sede da central, para lançar a candidatura presidencial. “Não adianta perseguição, o Lula vai ser o candidato dos trabalhadores”, afirmou.

Para o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), líder da bancada, a decisão de hoje não interfere “um milímetro na nossa decisão”. “No dia 15 de agosto, Lula será inscrito como candidato a presidente da República”, garantiu. “Estão enganados se imaginam que Lula será vítima desse esquema criminoso que hoje teve mais um capítulo. É uma sentença que não merece respeito e vamos denunciar dentro e fora do Brasil. Hoje estamos todos de coração dilacerado. Amanhã é faca nos dentes, sangue nos olhos.”

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse a luta nunca foi fácil para o trabalhador. “Mas o povo que lota essa praça hoje representa trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil. Ocupamos as ruas para dizer que não vamos aceitar tirar Lula no tapetão. A votação de hoje, em Porto Alegre, julgou, disse não aos direitos do nosso povo. Primeiro, cuidaram de tirar em um golpe a presidente Dilma. Depois, querem arrebentar com nossos direitos, acabar com a CLT, acabar com a Previdência, acabar com o salário digno. Agora, a terceira fase é tirar Lula da disputa”.

Com reportagem de Vitor Nuzzi e colaboração de Gabriel Valery

 

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