Processo contra Lula

Luiz Marinho: ‘Temos que acreditar na lucidez dos desembargadores’

Presidente do PT paulista acredita que TRF4 pode absolver ex-presidente Lula no julgamento do dia 24. 'Não há absolutamente nenhuma comprovação das acusações'

Flickr/PT São Paulo

“Se você permite que qualquer cidadão seja condenado absolutamente sem nenhuma prova, é muito perigoso”

São Paulo –  “Há um indignação muito forte da militância porque é um processo de grande perseguição ao presidente Lula, não há absolutamente nenhuma comprovação das acusações.” A avaliação é do presidente estadual do PT de São Paulo, Luiz Marinho, ex-prefeito de São Bernardo do Campo, em entrevista ao Jornal Brasil Atual, da Rádio Brasil Atual. “A sentença do juiz Sérgio Moro chega a ser de uma grande irresponsabilidade porque a legislação é muito clara, não basta alguém falar que outro alguém cometeu um crime para servir de base a qualquer condenação. Para isso, precisa ter provas.”

Marinho acredita em uma absolvição por parte do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). “O que resta esperar é que os desembargadores julguem o processo do ponto de vista do ato jurídico perfeito, inocentando o presidente Lula”, afirma. “Temos que acreditar na lucidez dos desembargadores.”

Para o presidente do PT paulista, trata-se de um processo que diz respeito não apenas ao presidenciável da legenda, mas à própria democracia. “Se você permite que qualquer cidadão seja condenado absolutamente sem nenhuma prova, é muito perigoso. Já tivemos a experiência de uma ditadura militar no país e não podemos agora assistir quietos a um processo praticamente ditatorial do Judiciário e dos órgãos do controle”, aponta.

“É preciso que o processo democrático inspire e esteja presente em todos os segmentos da sociedade brasileira, em particular no Judiciário, que tem a grande responsabilidade de garantir as normas, o que é correto e os direitos das pessoas. O próprio Judiciário agredir esse processo e instalar praticamente o Estado de exceção no país é inaceitável.”

Confira a íntegra da entrevista