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Gleisi propõe ‘radicalização na luta do povo’ e convoca militância para ato em São Paulo

Presidenta do PT discursou brevemente para acampados em Porto Alegre em defesa da democracia e de Lula ser candidato em outubro

reprodução/ninja/gleisi

Gleisi discursou enquanto o desembargador Gebran proferia seu voto pela manutenção da sentença de Moro contra Lula

São Paulo – “A partir deste momento é radicalização total na luta do povo brasileiro. Nas ruas, vamos ganhar essa batalha. Com a organização do povo”, disse a presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), em Porto Alegre. Gleisi discursou aos presentes no acampamento dos movimentos sociais que promovem uma vigília no dia em que o Tribunal Regional Federalda 4ª Região (TRF4) decide sobre a sentença proferida por Sérgio Moro, que condena Lula no caso do triplex em Guarujá.

Enquanto a senadora discursava, o desembargador Gebran Neto, relator da apelação no tribunal, proferia seu voto. Gebran manteve a sentença de Moro e ainda aumentou a pena de nove anos e meio de prisão para 12 anos e um mês em regime fechado. “Ele aumenta a pena do presidente e, por outro lado, reduz dos principais corruptores, os empreiteiros. Eles não vão nem para a cadeia. No caso, o único que coube prisão foi o ex-presidente Lula (…) mostrando mais uma vez a seletividade neste processo”, disse o advogado Emiliano Maldonado, da Rede Nacional de Advogados Populares, sobre o voto.

Gleisi adiantou que, independentemente do resultado (se o ex-presidente for por unanimidade ou houver divergência), “vamos recorrer em todas as instâncias do Judiciário. Queremos que seja feita justiça com o presidente, que é inocente. Agora, não vamos deixar de lutar pela democracia. Nessa encruzilhada política, não vamos aceitar uma sentença que não seja justa, que não seja legal e que não seja constitucional. Depois dela virá a reforma da Previdência, o impedimento de termos candidatos nas eleições e que apenas a classe dominante dispute as eleições entre si, com os mesmo projetos”.

“Não é questão programática, é questão de defesa da democracia. Por isso, temos que apostar na organização popular. Se nós não tivemos organização, pressão espessa, o parlamento não representa a diversidade e a maioria do povo brasileiro. A maioria que se elege é representante da classe dominante rica. Quem faz lobby é quem tem dinheiro, por isso, temos que radicalizar na organização popular”, continuou Gleisi.

A fala da senadora foi curta, sob intenso sol na capital gaúcha. Gleisi anunciou que partiria em seguida para São Paulo,  para onde convocou a militância ao ato em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato, previsto para a partir das 17h na Praça da República, centro da capital paulista, com posterior caminhada até a Avenida Paulista. “Nas ruas, vamos ganhar essa batalha, na organização do povo. Eles vão ver nossa organização. Não queiram trucar, porque sabemos jogar. Aprendemos na luta. Vamos agora para São Paulo, para a Praça da República, para a Avenida Paulista.”