Lawfare

Dilma vai a Buenos Aires e presta solidariedade a Cristina Kirchner

'Cristina é uma líder política forte e uma guerreira incansável na defesa dos interesses do povo argentino. Ela está disposta e firme em resistir. Como todos nós', disse a ex-presidenta em rede social

Reprodução/Facebook

No Twitter, Cristina Kirchner disse que lawfare tem como objetivo “ocultar o desastre econômico” dos governos neoliberais

São Paulo – A ex-presidenta Dilma Rousseff publicou em sua página no Facebook manifestação de apoio à atual senadora e ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, em função do que considera uma perseguição judicial sofrida por ela.  

Estive esta tarde com a senadora Cristina Fernandez de Kirchner, em Buenos Aires. Vim trazer minha solidariedade e conversar com a ex-presidenta da Argentina, uma amiga querida de muitos anos”, disse Dilma na rede social.

Na última quinta-feira (7), o juiz federal argentino Claudio Bonadio determinou a quebra da imunidade parlamentar e pediu a prisão preventiva de Kirchner. Para a decisão ter efeito, é necessário que o Senado aprove o pedido. Ela é acusada de por “traição à pátria” e “encobrimento agravado” por conta de um memorando assinado quando era presidente. Segundo a acusação,  ela pretendia encobrir uma eventual participação do Irã no atentado à sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994.

“Tratamos de discutir a estratégia de combate ao sistemático lawfare – o uso da lei e da máquina judiciária como arma política contra adversários – a que vários líderes políticos, como ela, eu e o presidente Lula, estão sendo submetidos na América Latina, num esforço de desgaste permanente e intimidação”, escreveu Dilma.

Em seu perfil no Twitter, Cristina Kirchner também falou a respeito do encontro com Dilma. “Entre ouros temas, conversamos sobre uma realidade que está se impondo em nossos países, um processo que se denomina mundialmente Lawfare e consiste na utilização do aparato judicial como arma para destruir a política e os líderes opositores.”, disse. “Uma matriz que tem outro apoio fundamental nos meios de comunicação, uma instância central nesta estratégia de persecução.”

“O objetivo é o mesmo no Brasil e aqui: ocultar o desastre econômico que estão realizando os governos neoliberais da região”, completou Kirchner.