Volta, querida

Manifestantes realizam ato pela anulação do impeachment em Brasília

Movimento vai ao STF para pressionar pelo julgamento de ação que contesta a legalidade da votação no Congresso que afastou a presidenta Dilma Rousseff no ano passado

Divulgação/PCO

Primeiro Ato Nacional pela Anulação do Impeachment ocorreu em junho, também em Brasília

São Paulo – Militantes devem se reunir nesta quarta-feira (11) em Brasília para a realização do 2º Ato Nacional pela Anulação do Impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Eles devem realizar uma marcha até o Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de pressionar a Corte para que julgue ação movida pela defesa da petista, que pede a anulação da votação, no Congresso Nacional, que determinou o seu afastamento.

A expectativa é que caravanas de todo o Brasil, organizadas pelos comitês locais que lutam pela anulação do golpe do impeachment, cheguem à capital federal ao longo da manhã, e se concentrem no Espaço do Servidor, que fica nos arredores da Esplanada dos Ministérios. O primeiro ato nacional do grupo também ocorreu em junho, em Brasília. 

“O que nós estamos vendo, nesse país, é um descalabro total”, disse a senadora paranaense Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, em vídeo. ” Nós avisávamos: tirar a Dilma é tirar do povo os seus direitos. É o que está acontecendo. Só teremos eleições livre, em 2018, se tivermos um governo compromissado com a democracia.”

Eles serão recebidos com atividades culturais e, na sequência, a partir das 13h, será realizado um debate com os deputados federais Érika Kokay (PT-DF), Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Margarida Salomão (PT-MG), o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, a enfermeira aposentada Edva Aguilar, militante pela anulação do impeachment, e sindicalistas.

De lá, eles marcham até a sede do STF, quando deverão apresentar os cerca de 100 mil apoios já colhidos em abaixo-assinado que pretende pretende reunir 1,3 milhão de assinaturas – 1% do eleitorado – em Ação Popular que também reivindica a anulação do golpe de 2016. 

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o ativista Edison Nazareth dos Santos Britto, que deve participar das mobilizações em Brasília, afirma que a ação popular baseada na coleta de assinaturas tem por objetivo “trazer de volta a legalidade democrática e o equilíbrio das instituições”.