Inclusão

Feijóo: não se enfrenta desigualdade com Estado mínimo, e país desigual não cresce

Comentarista da TVT afirma que o Estado deveria fazer o contrário do que faz o governo Temer, e estimular políticas públicas, em vez de cortar direitos e congelar gastos

Ricardo Stuckert

Ocupação Povo Sem Medo, que reúne milhares de famílias sem-teto em São Bernardo, é retrato da desigualdade

São Paulo – A desigualdade social e a concentração de riquezas afetam o crescimento econômico, e uma coisa puxa a outra. Sem crescer, o país não combate a desigualdade, e sem combater a desigualdade, não há crescimento sustentável. Para o comentarista de política José Lopez Feijóo, no Seu Jornal, da TVT, as políticas do governo Temer tendem a agravar essa equação, ao reduzir o tamanho do Estado e promover reformas que desmontam direitos e inviabilizam políticas públicas – como “reformas” trabalhista e da Previdência e o congelamento dos investimentos em políticas sociais por 20 anos.

“Se nós quisermos um país melhor, nós temos que atacar essa questão da desigualdade de renda. E, para atacar essa questão da desigualdade de renda, temos que sair desse discurso do Estado mínimo. O Estado tem que ter políticas que ajudem a combater a desigualdade”, diz Feijóo 

Ele cita estudo da ONG Oxfam Brasil, divulgado na semana passada, que demonstrou que apenas seis brasileiros têm a mesma riqueza que metade da população, e outro relatório do FMI apontando que persistente falta de inclusão social afeta a sustentabilidade do crescimento econômico

Outro sinal do crescimento da desigualdade, segundo Feijóo, pode ser visto no crescimento da Ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde milhares de famílias lutam por moradia.

Assista ao comentário no Seu Jornal, TVT