Feijóo: ‘acordão’ para ‘estancar sangria’ segue a pleno vapor
Comentarista da TVT diz que decisão do Senado que salvou Aécio Neves faz lembrar da célebre conversa entre Jucá e Machado, que idealizaram o golpe para 'estancar a sangria' e se proteger
Publicado 19/10/2017 - 12h15
Aécio e Temer: denúncias e acusações com provas, mas nenhuma punição. STF deveria anular o golpe, defende Feijóo
São Paulo – A decisão do Senado, que salvou o mandato de Aécio Neves (PSDB-MG) após a derrubada de sanções impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), demonstram que o “grande acordo nacional segue a pleno vapor”, diz o comentarista político José Lopez Feijóo, no Seu Jornal, da TVT. Feijóo relembra o já célebre diálogo entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o também peemedebista Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e também delator premiado, em que Jucá falava sobre necessidade de “estancar a sangria” produzida pela Operação Lava Jato.
O comentarista diz ainda que o STF ainda tem condições de corrigir o “desastre” e anular o impeachment, principalmente após revelação do doleiro Lúcio delação do doleiro Lúcio Funaro, em que ele diz que teria repassado R$ 1 milhão ao ex-presidente da Câmara, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que comprasse votos pelo afastamento da presidenta Dilma Rousseff. “Está nas mãos do STF corrigir esse Estado de Exceção que se instalou no nosso país.”
O grande acordo
MACHADO – Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer].
JUCÁ – Só o Renan [Calheiros] que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.
MACHADO – É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.
JUCÁ – Com o Supremo, com tudo.
MACHADO – Com tudo, aí parava tudo.
JUCÁ – É. Delimitava onde está, pronto.