renovação

‘Caravana do Lula em três palavras: amor, gratidão e esperança’

Márcio Macedo, vice-presidente nacional do PT e coordenador da caravana Lula pelo Brasil, avalia o caminho do ex-presidente até hoje, o 18º dia de viagem pelo Nordeste: 'sucesso absoluto'

Miguel Leão

Após percorrer o Nordeste, Lula deve seguir uma intensa agenda para passar por todo o país

São Paulo – “Eu resumo essa caravana em três palavras. Amor, do povo com o seu líder. Lula está se tornando um líder como Nelson Mandela foi para a África do Sul. Gratidão, que reflete a força do legado, o resultado da obra dele. Esperança, porque ele tem a força e a credibilidade para tirar o Brasil desse atoleiro”, definiu o  vice-presidente nacional do PT e coordenador da caravana Lula pelo Brasil, Márcio Macedo. O ex-presidente chegou hoje (3) ao 18º dia de viagem pelo Nordeste.

A agenda da caravana deste domingo conta com atos em três cidades do Piauí: Altos, Timon e a capital Teresina. Para Macedo, os resultados das atividades lideradas por Lula acumulam saldos positivos. “Estamos na reta final trabalhando para terminar com este sucesso absoluto”, disse. O organizador ainda revelou à RBA que, após o fim da caravana, na próxima terça-feira (5), o ex-presidente deve continuar na estrada, percorrendo outras regiões do país.

“Já temos demandas próximas. Em Minas Gerais temos pedidos para passarmos pelo Vale do Jequitinhonha, Vale do Aço e Triângulo Mineiro; o Rio de Janeiro também está nos planos; em São Paulo, estaremos no interior e nas periferias da capital. No Sul, pensamos em percorrer pelos três estados da região. Estamos analisando o que será possível fazer ainda neste ano e o que ficará para o próximo, mas vamos passar por todo o Brasil”, afirmou Macedo.

Sobre os aspectos que envolveram a realização da caravana, Macedo avaliou que “o processo é grandioso, não é uma coisa simples. Brincamos que precisávamos de seis meses para montar e o fizemos em apenas 20 dias. Mas tem sido uma experiência rica, estamos aprendendo. Juntamos muita gente boa, uma equipe forte, competente e dedicada. É um processo trabalhoso mas muito gratificante”.

Gratificante, de acordo com o organizador, em especial pela superação das expectativas. “A realidade foi muito mais forte do que imaginávamos e do que planejávamos. Acho que Lula está escrevendo uma página importante da história do Brasil neste momento tão delicado da democracia brasileira. É o movimento de massa mais forte dos últimos tempos.”

Sobre a reação e o sentimento de Lula, Macedo afirma ver a satisfação do ex-presidente. “Ele está muito feliz. É muito natural para ele que gosta do povo, quer estar com o povo e tem atenção para ouvir e olhar nos olhos das pessoas. Acho que o presidente Lula pode ser a força que vai reunificar o país, porque é uma liderança real que não carrega ódio ou rancor”.

RBA
Márcio Macedo, organizador da caravana Lula pelo Brasil

Para Macedo, existe uma urgência da sociedade no caminho da superação das dificuldades. “Vivemos um processo muito doloroso no Brasil, porque o ódio e a intolerância foram estimulados. As elites jogaram o país nesta situação para tirar uma presidenta eleita, mas agora eles não têm nenhuma liderança legítima. O processo do golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff derreteu a imagem dos representantes das elites. Hoje, a única liderança real no país, que se consolida pela força do povo, é o Lula”, disse.

Para além da liderança de Lula, Macedo vê uma “renovação” dentro do PT. “Lula é um despertador de consciência, e me surpreendeu positivamente o fato do partido estar muito presente na caravana, protagonizando e liderando as atividades. Sinto que o PT saiu das cordas e está em uma trajetória crescente. Acho que temos que investir em mais informação, superar os modelos fechados e abrir para mais diálogo. Temos que aproveitar esse momento para que sementes brotem.”

Mesmo ao afirmar que “sai da caravana uma outra pessoa”, Macedo recorda que a realização de caravanas pelo país não é uma novidade para Lula e o PT. “Ele fez isso na década de 1970 para organizar o movimento sindical, depois, rodou o país na década de 1980 durante a fundação do PT. Nos anos 1990, novamente liderou a caravana da cidadania. Agora, ele volta a passar pelo Brasil todo neste momento diferente, após uma ruptura no processo democrático com um golpe parlamentar”, concluiu.

Com reportagem de Cláudia Motta

Leia também

Últimas notícias