resistência

Estudantes mantêm ocupação na Câmara de São Paulo contra privatizações

Procuradoria do Legislativo solicitou à Justiça reintegração de posse do plenário

Thallita Oshiro/UNE

Decisão de ocupar a Câmara Municipal foi tomada após a falta de diálogo da gestão tucana com a população

São Paulo – O plenário da Câmara Municipal de São Paulo continua ocupado na manhã desta quinta-feira (10), por estudantes e movimentos sociais. Eles reivindicam a paralisação da tramitação do pacote de privatizações da gestão do prefeito João Doria (PSDB) e a revogação das restrições impostas ao uso do passe livre estudantil.

Cerca de 70 manifestantes estão, desde ontem (9), na Casa legislativa. Segundo o presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), Emerson Santos, a decisão foi tomada em decorrência de ausência de diálogo por parte da administração. “A decisão de ocupar foi para que eles pudessem nos ouvir, já que eles não nos atenderam com os atos de ruas que fizemos“, afirma.

O estudante também relata que durante as oito primeiras horas da ocupação o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), não permitiu a entrada de água e alimentos. “O presidente recebe o povo com uma greve de fome”, lamenta.

Na manhã de hoje, a Câmara informou que a Procuradoria do Legislativo solicitou à Justiça a reintegração de posse do plenário.

“Desde o período que ocupamos as escolas, deixamos claro que não aceitaríamos que os governos não conversassem com a população. A partir da luta, queremos que ouçam mais o povo, porque eles foram eleitos para trabalhar através da demanda da população”, conclui Emerson.

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