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Em enquete do PSDB, maioria acha que condenação de Lula foi política

Para além da maioria expressiva que entende a decisão do juiz Sérgio Moro como política, distorções nos cálculos dos percentuais do levantamento chamaram a atenção de internautas

arquivo pessoal

Em levantamento do PSDB, 82% (ou 64% segundo o partido) dos usuários acreditam que condenação de Lula foi política

São Paulo – Em enquete realizada na página do PSDB, a maioria dos internautas acredita que a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro foi política. Até as 22h desta quinta-feira (20), o levantamento, que não tem qualquer valor científico, ultrapassava a marca dos 78 mil votos. Com o enunciado “A condenação do ex-presidente Lula pelo juiz Sergio Moro, na sua opinião, mostra:”, a primeira opção, afirmando que a decisão mostrava “que não existe ninguém acima da lei no Brasil”, computava cerca de 6,7 mil votos, ou 6%, segundo cálculos do PSDB.

Já a opção dizendo “que a justiça foi feita” era apoiada 7,3 mil apoiadores, ou 6% também. A última alternativa, defendendo “que foi uma decisão política”, havia sido escolhida por mais de 64 mil pessoas, o que, nos cálculos da página, representava 55% dos 78 mil votos totais.

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Para além do resultado surpreendente para o partido, os percentuais apontavam erros grosseiros, já que os 64 mil votos da última alternativa, por exemplo, em cálculo aproximado, representavam 82% do total de votos, e não os alegados 55%. Outros usuários chegaram a registrar momento em que a enquete não apresentava tal distorção nos números e a mesma alternativa da “decisão política” registrava 89% dos votos.

Ao fim da noite, quando o resultado adverso e os cálculos controversos eram difundidos pelas redes sociais, a enquete foi retirada do ar. Quem acessava o link do levantamento se deparava com a resposta “Desculpe, mas a enquete não está mais disponível”.

Questionada sobre a retirada da consulta, a assessoria do PSDB diz que as enquetes são substituídas periodicamente. No momento, o usuário pode opinar sobre o tema a ser priorizado pela bancada do partido para o segundo semestre. Sobre as distorções nos cálculos, a assessoria alegou desconhecimento, e também não revelou o resultado final da votação.

 

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